Uma líder pró-vida denunciou que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) "mente descaradamente" ao promover a legalização do aborto em El Salvador, usando os casos de duas mães que mataram seus bebês recém-nascidos.

Sara Larín, presidente da Fundação VIDA SV de El Salvador, disse à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que "a CIDH mente descaradamente sobre o assassinato cruel, violento e doloroso de um bebezinho indefeso que tinha o direito de viver".

Larín criticou, assim, uma mensagem recente da CIDH, órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), na qual apresentou casos de mulheres condenadas pelo assassinato de seus bebês recém-nascidos e, em seguida, exigiu que El Salvador ponha "fim à criminalização absoluta do aborto”.

A CIDH publicou um tuíte na segunda-feira (11) manifestando a sua "absoluta rejeição às condenações de 'Esme' e 'Lesly' por 30 e 50 anos de prisão por homicídio qualificado após sofrer emergências obstétricas".

Além disso, em uma imagem que acompanhou o tuíte, a CIDH exigiu que El Salvador “acabe com a criminalização absoluta do aborto de acordo com os padrões interamericanos”.

O aborto em El Salvador é completamente ilegal, e a atual Constituição do país reconhece "todo ser humano como pessoa humana desde o momento da concepção".

Em El Salvador não há mulheres presas pelo crime de aborto. O crime tem penas que vão de dois a oito anos, geralmente cumpridas em liberdade.

Os casos de "Esme" e de "Lesly" são de mulheres condenadas por homicídio qualificado, que acarretam pena de 30 a 50 anos de prisão.

Lesly Lisbeth Ramírez Ramírez, de 21 anos, foi condenada a 50 anos de prisão por matar sua bebê recém-nascida com seis facadas no pescoço.

Sara Larín disse à ACI Prensa que “o presidente (de El Salvador) Nayib Bukele, a chanceler Alexandra Hill e nossas autoridades de justiça têm a obrigação de denunciar que a CIDH está mentindo sobre El Salvador só pelo desejo de promover o aborto no nosso país".

"É totalmente descarado que um organismo internacional que deveria proteger os direitos humanos, especialmente os direitos das crianças, torne a vida de um bebê invisível, para sobrepor os interesses dos grupos de aborto", disse ela.

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