O cardeal Wilfrid Napier, arcebispo emérito de Durban, África do Sul, criticou a presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, que é católica, por defender mais uma vez o aborto, mesmo depois de proibida de comungar por seu pastor, o arcebispo de San Francisco, dom Salvatore Cordileone.

Em um vídeo publicado na quinta-feira por Live Action, Pelosi responde a uma pergunta sobre os recentes ataques a centros pró-vida nos Estados Unidos: “Deixe-me dizer isto: uma mulher tem o direito de escolher. Viva de acordo com sua responsabilidade. Cabe a ela, seu médico, sua família, seu marido, seus entes queridos e seu Deus. Esse diálogo que politiza tudo isso, eu acho, é algo apenas americano e não é correto”, acrescentou.

A líder democrata disse que “outros países como Irlanda, Itália, México tiveram iniciativas legislativas para ampliar o direito de escolha da mulher. Países muito católicos. Sou uma pessoa muito católica e acredito no direito de cada mulher tomar suas próprias decisões".

Pelosi evitou se referir aos ataques contra os centros pró-vida.

Após o que foi dito por Nancy Pelosi, o cardeal Napier, perguntou: "Desde quando as mulheres têm o direito de julgar se outro ser humano vive ou é sacrificado ao 'deus' da morte e do mal?”

Ataques a centros pró-vida nos Estados Unidos

O rascunho da decisão da Suprema Corte dos EUA para o caso Dobbs x Jackson Women’s Health Organization indica que a corte deve derrubar a decisão do caso Roe x Wade de 1973. Foi a decisão de 1973 que impediu que os Estados e o Congresso americano restrinjam legalmente o aborto. Desde o vazamento do rascunho, pelo menos 17 centros de ajuda a gestantes, casas de maternidades e outras organizações pró-vida no país foram atacados por promotores do aborto.

O mais recente dos ataques, informou o jornal Daily Mail, ocorreu na segunda-feira (13), quando indivíduos desconhecidos incendiaram o escritório do deputado estadual republicano Andrew Barkis, do Estado de Washington.

No dia 8 de junho, um homem armado foi preso próximo à casa do juiz da Suprema Corte, Brett Kavanaugh e autuado por tentativa de homicídio.

Na segunda-feira (13), Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) emitiu uma declaração pedindo ação do governo para deter a violência.

“Pedimos às nossas autoridades eleitas que tomem uma posição firme contra essa violência e que nossas autoridades policiais aumentem sua vigilância para proteger aqueles que estão em maior risco. Agradecemos aos que já o fizeram e os encorajamos a continuar”, disse.

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