O Congresso de Baixa Califórnia Sul (México) aprovou na quinta-feira (2) a despenalização do aborto até a 12ª semana de gravidez. O grupo pró-vida Frente Nacional para a Família classificou a medida como “macabra”.

Segundo Infobae, o Congresso votou a favor da reforma do Código Penal para a despenalização do aborto, com 16 votos a favor e três contra. Baixa Califórnia Sul se torna o nono Estado onde o aborto é descriminalizado.

A maioria dos votos veio do partido Morena, do atual presidente do México, Andrés Manuel López Obrador.

“Busca-se fazer com que o Código deixe de criminalizar e punir as mulheres que abortam por decisão pessoal e livre e busca garantir que seja seguro e gratuito para salvaguardar sua integridade e saúde”, diz um comunicado do Congresso de Baixa Califórnia Sul.

A norma entrará em vigor no dia seguinte à sua publicação no diário oficial local.

Em sua conta no Twitter, a Frente Nacional da Família lamentou “que a maioria do MORENA e aliados” no Congresso de Baixa Califórnia Sul, “sem consultar o povo, legalize o aborto”. “Convertem o crime em direito e se tornam, rapidamente, assassinos entusiastas dos mexicanos mais vulneráveis".

O diretor do ConParticipación, Marcial Padilla, disse à ACI Prensa, agência em espanhol do Grupo ACI, que "chama a atenção como em mais um estado do México, em vez de atender às necessidades das mulheres que estão pensando em fazer um aborto, a única coisa que os deputados sabem dar a elas é o aborto”.

“O aborto não vai resolver nenhum dos problemas que a levaram a abortar. Além disso, provavelmente a afundaram em ainda mais problemas, porque não apenas a deixam sozinha em suas necessidades, mas também a tornam uma vítima e uma carrasca”, disse.

Padilla também encorajou a reação cidadã frente à tragédia do aborto.

“Os cidadãos devem reagir. Não podemos demorar mais. Devemos ter governantes e juízes que protejam igualmente a mãe e a criança. Não devemos ter meias posições em relação ao aborto”.

Para concluir, Padilla disse à ACI Prensa que “a vida humana, antes e depois do nascimento, não pode ser discriminada. Devemos protegê-la e encontrar soluções já”.

Colaborou com esta matéria David Ramos, Editor-Chefe de ACI Prensa

Confira também: