Por causa da uma possível anulação do "aborto legal" nos EUA, a rede de cafeterias Starbucks anunciou que vai cobrir as despesas de suas funcionárias que viajem para abortar. A varejista online Amazon também já anunciou a mesma medida.

Em 2 de maio, o site americano POLITICO vazou um rascunho de parecer de maioria de cinco juízes da Suprema Corte Federal, que fala sobre uma possível anulação da sentença Roe x Wade, com a qual o aborto foi liberado nos EUA em 1973.

A autenticidade do documento foi confirmada pela Suprema Corte Federal, que anunciou uma investigação sobre o vazamento.

Se a sentença em Roe x Wade for anulada, caberia a cada Estado do país determinar suas leis de aborto. Vários deles já aprovaram legislação muito restritiva ao aborto que, se Roe x wade for derrubada, entrará em vigor.

Estima-se que pelo menos 26 dos 50 Estados americanos aplicariam a legislação pró-vida imediatamente após a anulação da decisão que permitia o “aborto legal” nos Estados Unidose que causou mais de 60 milhões de mortes de bebês no útero por quase meio século.

Numa carta publicada ontem (16), Sara Kelly, vice-presidente executiva interina de recursos para funcionários da Starbucks, disse que “como muitos de vocês, estou profundamente preocupada com o rascunho de opinião da Suprema Corte relacionado ao direito constitucional ao aborto que foi estabelecido pela primeira vez em Roe x Wade”.

“Sei que isso pesa muito para muitos de vocês, então vou ser clara: independentemente do que a Suprema Corte acabe decidindo, sempre garantiremos que nossos parceiros tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade. E quando as ações afetarem seu acesso aos cuidados de saúde, trabalharemos para garantir que se sintam apoiados", disse Kelly.

Embora não tenha especificado um valor limite, a Starbucks se juntou a outras empresas, como a Amazon, que prometeu cobrir até US$ 4 mil para as despesas de seus trabalhadores que viajarem para outros Estados para fazer um aborto.

A Starbucks atualmente ocupa o 125º lugar na lista Fortune 500, que lista as 500 empresas americanas com os maiores lucros do ano.

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