Faltando apenas um mês para que o Tribunal Constitucional dite a legalização do aborto no país, os principais candidatos à presidência manifestaram estar de acordo com a despenalização desta prática por violação ou problemas genéticos.

Em um debate realizado pela Rádio Caracol, o pré-candidato do Partido Liberal, Rodrigo Rivera, foi o único que se opôs à legalização do aborto embora tenha pedido "definir cientificamente desde que momento existe vida no ventre da mãe, uma vida em gestação" porque segundo ele, "a partir deste momento a Constituição obriga a defender a vida dessas pessoas que estão se formando".

O outro pré-candidato do Partido Liberal, Andrés González, considerou como única justificação para o aborto o risco de vida da mãe –um motivo que já foi descartado por especialistas em medicina– ou uma violação sexual. Do mesmo modo, advogou pela supressão da pena de prisão ou sanção privativa para os abortistas e propôs uma ação preventiva, educativa e de acompanhamento psicológico e social.

O Ex-ministro Rafael Pardo, propôs um debate para definir a legalidade do aborto por decisão pessoal, e aceitou a despenalização por violação sexual. Esta opinião foi compartilhada pelo Ex-prefeito de Bogotá, Antanas Mockus.

O Ex-ministro e duas vezes candidato à presidência, Horacio Serpa, considerou por sua vez que o Tribunal Constitucional deveria aprovar o aborto por violação, risco de vida da mãe ou má formação congênita.

O candidato do Alternativa Democrática, Carlos Gaviria Díaz, apresentou-se como o mais abortista ao alegar que não se deve obrigar a mãe a ter um filho, e propôs o aborto "como uma opção"

Finalmente, a pré-candidata Cecilia López declarou estar de acordo com a despenalização argüindo que "a mulher deve ter direito de decidir".