O Presidente do Pontifício Conselho para a Família, Cardeal Alfonso López Trujillo, recordou desde esta capital que os políticos que promoverem legislações contra a vida, não devem receber a Eucaristia.

"Os políticos legisladores católicos que estão elaborando leis iníquas têm que examinar-se para não aproximar-se da Eucaristia porque não têm as condições de fazê-lo, a vida é um dom de Deus, nós não podemos nos tornar árbitros onipotentes como se fôssemos criadores", declarou o Cardeal colombiano.

O Cardeal López Trujillo e o Cardeal Renato Martino, Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz do Vaticano, participam do Seminário Continental para a América, durante o qual se apresentou o Compêndio da Doutrina Social da Igreja.

Ambos os cardeais questionaram a legalização das uniões entre pessoas do mesmo sexo. "São uma mentira jurídica, uma ficção, pôr em circulação uma moeda que não vale, pior se estão pedindo a adoção de filhos que são necessitados de amor, de família, de carinho", disse o Cardeal López Trujillo.

Segundo o Cardeal Martino, as práticas antinatalistas, as uniões de fato e a eutanásia formam parte de um "império do terror" e não é possível "deixar que se procure a quem a sangue frio vai transformar um crime em um direito", como tampouco permitir que os legisladores, "passando por modernos", legislem em favor de leis "contra as quais iremos defender com galhardia".

O Cardeal colombiano, por sua vez, insistiu em que o direito à vida é fundamental, "e embora não podemos nos tornar árbitros onipotentes como se fôssemos o Criador, devemos defendê-lo", porque o deficiente, o doente terminal, a criança por nascer não podem reclamá-lo.