No voo de volta de Malta para Roma no domingo 3 de abril, o papa Francisco o papa definiu a guerra da Ucrânia como "o espírito de Caim", ao responder a pergunta durante o a entrevista coletiva com os jornalistas que o acompanharam no viagem.

O jornalista da Rádio Nacional de Espanha, Jordi Antelo, perguntou-lhe se haveria a possibilidade de uma viagem à Ucrânia, algo que o papa disse durante o voo para Malta que "estava sobre a mesa".

Francisco disse que "a guerra é sempre uma crueldade, uma coisa desumana, que vai contra o espírito humano, eu não digo cristão, mas humano. É o espírito de Caim”.

"Estou disposto a fazer tudo o que precisa ser feito " disse o papa. "A Santa Sé, especialmente o lado diplomático, o cardeal Parolin e dom Gallagher, estão fazendo tudo ".

Ele também disse que "não se pode publicar tudo o que eles fazem, por prudência, por confidencialidade, mas estamos no limite do nosso trabalho".

"Há duas viagens possíveis: uma delas me pediu o presidente da Polônia para enviar o cardeal Krajewski para visitar os ucranianos que foram recebidos na Polônia", continuou o papa.   

"Ele já foi duas vezes, levou duas ambulâncias e ficou com eles, mas fará isso em outra ocasião, ele está disposto a fazer isso. A outra viagem que alguém me perguntou, mais de um, eu disse com sinceridade que eu tinha em mente de fazê-la, que há sempre a minha disponibilidade, não há o não, eu estou disponível", disse o papa.

"Perguntaram-me se haveria uma viagem à Ucrânia, eu disse que ela está sobre a mesa, está ali como uma das propostas que chegaram, mas não sei se poderá ser feita, se é conveniente fazê-la e se seria para o melhor ou se é conveniente fazê-la e devo fazê-la, tudo isso está no ar", disse ele.

Por fim, ele ressaltou que "há algum tempo venho pensando em um encontro com o patriarca Kirill e se está trabalhando para isso, se está trabalhando, e está se pensando no Oriente Médio para fazê-lo", concluiu ele.

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