O Bispo de Montaria, Dom Julio César Vidal, mediador nas reuniões entre o governo colombiano e o grupo armado Auto-defesas Unidas da Colômbia (AUC), informou que o governo consentiu em ampliar o prazo do final do ano até meados de fevereiro de 2006, para que 10 mil paramilitares deixem as armas e se reintegrem à vida civil.

Dom. Vidal informou à RCN Rádio que depois de várias reuniões entre a cúpula das AUC e os representantes do governo, conseguiu-se definir um "cronograma que não passaria dos primeiros 15 dias de fevereiro" para começar "essas desmobilizações, que são muitos difíceis sobretudo no tema da reinserção".

As AUC, declarou o Prelado, comprometeram-se a fazer "uma declaração explícita ao país de que não vão intervir de nenhuma natureza nas próximas eleições e aceitarão uma auditoria internacional que verificará isto".

Segundo o Bispo, o governo se comprometeu a não extraditar os líderes do grupo se "se submeterem à lei de paz e justiça e não delinqüirem e cumprirem com tudo o que lhes está pedindo para tornar confiável esta reinserção e o desmantelamento de todo o aparelho paramilitar".

Afirmou também que o Presidente da República, Álvaro Uribe Vélez, "procurará as medidas para que se garanta a todos, hoje os da auto-defesas e amanhã os do ELN (Exercito de Libertação Nacional) e depois de amanhã com os das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e com eles se tenha a mesma segurança de que suas penas serão cumpridas Colômbia".

O Bispo de Monteria confia que assim como este grupo concordou com a negociação, "logo tenhamos boas notícias com outros grupos de nossos irmãos elevados em armas para que tenhamos a Colômbia em paz".