A Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos, reunida em Assembléia Plenária em Washington, aprovou por 237 votos contra quatro uma declaração na qual pede a eliminação da pena de morte no país.

A declaração explica que a decisão se apóia na encíclica do João Paulo II Evangelium Vitae (O Evangelho da Vida), em que o falecido Papa afirmou que o castigo "não deve chegar ao extremo de executar ao agressor exceto nos casos de absoluta necessidade, quando não for possível defender à sociedade de outra forma. Entretanto, hoje em dia estes casos são muito raros, senão praticamente inexistentes".

"Moralmente falando, –prosseguem os prelados– a pena de morte é intrinsecamente distinta do aborto e da eutanásia", atentados contra a vida que, como ensina a Igreja, "são maus em toda circunstância".

Do mesmo modo, os bispos precisaram que "como pastores, compartilham a justificada irritação e a repulsão quando acontecem crimes terríveis e mortais. Ao pedir que se elimine a pena de morte, não procuramos diminuir de forma alguma o mal e o dano causado pelos criminosos que cometem tais atos".

Entretanto, "nos pôr junto aos familiares das vítimas não nos obriga a apoiar a pena de morte. A dor e a perda de uma morte não pode ser apagada com outra morte", enfatizaram.

O Arcebispo de Denver, Dom. Charles Chaput, também reforçou as palavras do falecido Pontífice e assinalou que "nos países industrializados (como os Estados Unidos) matar os assassinos na prisão não dá maior segurança. É um excesso".