Hoje (9), a Igreja celebra a festa de santa Francisca Romana, padroeira dos motoristas. Suportou muitas provações, como a morte de seus filhos, ficar viúva e ter suas terras confiscadas. Em meio ao sofrimento, teve a graça de poder ver seu anjo da guarda que velava por ela o tempo todo e a guiava.

Em entrevista ao Grupo ACI, o beneditino olivetano, padreTeodoro Muti, expressou que “santa Francisco Romana foi a madre Teresa do século IV. Era a santa dos pobres e necessitados. Pertencia a uma família rica e nobre, mas ajudava os enfermos nos hospitais e se preocupava também com a saúde espiritual”.

Santa Francisco nasceu em Roma no ano de 1384. Apesar da dura época em que viveu, dividiu seus bens entre os pobres e atendia com bondade e paciência os enfermos. Todos encontravam nela consolo.

Ela descreveu assim seu anjo da guarda: “Era de uma beleza incrível, com uma pele mais branca que a neve e um rubor que superava a vermelhidão das rosas. Seus olhos, sempre abertos olhando para o céu, o cabelo comprido e cacheado cor do ouro”.

“Sua túnica era comprida até os pés e era branca um pouco azulada e, outras vezes, com brilhos avermelhados. Era tal a irradiação luminosa que o seu rosto emanava, que podia ler as matinas em plena meia noite”.

Certo dia, o cético pai de Francisca pediu a ela a honra de que lhe apresentasse a criatura que ele considerava imaginária. Ela segurou a mão do anjo, juntou com a de seu pai e os apresentou. O homem pode ver o ser celestial e não duvidou nunca mais.

Santa Francisco instituiu a Congregação das Oblatas de Maria (Oblatas de Tor de' Specchi), sob a regra de são Bento. Morreu em 1440 e seu confessor, padre John Matteotti, escreveu sua biografia. Foi canonizada em 1608.

No dia 9 de março, há uma grande tradição romana de reunir vários carros nas imediações da igreja de santa Francisca Romana (ou também conhecida com o nome de santa Maria Nova) para receber a bênção da santa, padroeira dos condutores.