A inauguração do encontro "O Mediterrâneo: fronteira da paz" coincidiu com a eclosão da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

Na madrugada de hoje, 24 de fevereiro, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou pela TV uma operação militar na Ucrânia.

Poucos minutos depois, mísseis foram ouvidos nos arredores de Kiev, capital da Ucrânia. As explosões, continuaram durante toda a manhã de hoje em Kiev e em Kharkov, segunda maior cidade do país. Mais de 40 soldados e uma dúzia de civis ucranianos já morreram.

O presidente ucraniano, Volodímir Zelensky, impôs lei marcial enquanto tropas russas avançam em várias partes do território. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dimitro Kuleba, disse que seu país "se defenderá e vencerá".

Da cidade italiana de Florença, onde acontece o encontro que terá a presença do papa Francisco, o bispo de Vilna, Lituânia, e presidente do Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE), dom Gintaras Grušas, fez um apelo à paz em nome da organização.

No comunicado, Grušas disse que as Igrejas na Europa "condenam veementemente o que aconteceu ontem à noite na Ucrânia".

“Devemos agir juntos e com determinação para acabar imediatamente com a agressão russa e fazer todo o possível para proteger mulheres, homens e crianças inocentes: em nome de Deus, parem agora”, diz a nota.

O comunicado pede que "a comunidade internacional, e de modo particular a União Europeia não desconsiderem nenhum caminho para deter este conflito, para que as armas deem lugar ao diálogo e às negociações, para que seja defendido o direito internacional, a independência e a soberania territorial da Ucrânia. Para que se coloque um fim a uma guerra que inevitavelmente se espalharia da Ucrânia para os Estados vizinhos e se tornaria uma ameaça para toda a Europa”.

“Os bispos europeus e as comunidades cristãs rezam pelas vítimas deste conflito e por suas famílias, estão próximos daqueles que sofrem com esses atos de violência”, diz a nota.

Por fim, a CCEE garantiu sua união "ao apelo do papa Francisco à oração e ao jejum pela paz: que a Rainha da Paz preserve o mundo da loucura da guerra".

O presidente dos EUA, Joe Biden, denunciou "o ataque injustificado" que causará "sofrimento e perda de vidas humanas". "O mundo vai responsabilizar a Rússia," disse Biden.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN, aliança militar de defesa liderada pelos EUA, se reunirá por videoconferência para discutir possíveis ações. A Ucrânia não é parte da OTAN.

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