A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou um protocolo para atender aos pedidos de audiência por parte de candidatos nas eleições de 2022.

Segundo a CNBB, o “Protocolo para atendimento de candidatos e candidatas a cargos eleitorais em 2022” foi preparado com apoio das assessorias política e de comunicação da entidade e enviado aos bispos para que, “em contínua aprendizagem, consigamos atravessar o período eleitoral contribuindo para o bem comum, com especial atenção aos mais fragilizados e evitando, dentro do possível, as sequelas da divisão e do pecado”.

Nas eleições deste ao no Brasil, estarão em disputa os cargos de presidente, governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais. A votação acontecerá no dia 2 de outubro e, em caso de segundo turno para presidente e governadores, em 30 de outubro.

O documento será apresentado aos candidatos e suas assessorias quando procurarem a conferência para solicitar audiência. O documento apresenta 11 pontos que orientam desde a solicitação de audiência por parte do candidato, até o programa que norteará esses encontros e os temas a serem abordados.

O protocolo determina que “todas as solicitações de audiência serão atendidas, ainda que de forma diferenciada de acordo com o cargo em disputa”.

Os candidatos à presidência serão atendidos pelo presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, e pelo secretário-geral, dom Joel Portella Amado, acompanhados pelas assessorias política e de comunicação da conferência e do candidato. Os candidatos ao Senado e à Câmara Federal serão atendidos “preferencialmente” pelas presidências dos regionais da CNBB. Já no caso dos candidatos aos governos estaduais e do Distrito Federal e às Câmaras estaduais e distrital, os pedidos serão encaminhados à presidência dos regionais “e por elas atendidos em comum acordo com os arcebispos ou bispos, das capitais dos estados ou Distrito Federal, do candidato”.

Todas as solicitações de audiência deverão ser feitas por cada candidato diretamente à assessoria política da CNBB, por meio do e-mail politica@cnbb.org.br, para que fiquem “oficialmente registradas” e possam “receber o devido atendimento”.

As audiências com os candidatos deverão ser presenciais, “obedecendo rigorosamente às regras sanitárias do momento em que ocorrerem”. Os encontros terão duração de uma hora e serão divididos em três momentos: recepção, conversa e encerramento.

O protocolo estabelece que a presidência da CNBB buscará abordar nas conversas com todos os candidatos os mesmos assuntos, sendo eles: acordo Brasil-Santa Sé, defesa da casa comum, defesa da democracia, defesa do verdadeiro Estado laico, defesa integral da vida, economia de Francisco, educação, pobreza, exclusão e justiça social.

No encerramento das audiências, os candidatos receberão uma cópia do Pacto pela Vida e pelo Brasil, assinado em 2020 pela CNBB junto com Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Sociedade Brasileira para o Progresso das Ciências (SBPC), Academia Brasileira de Ciências e a Comissão Arns, com propostas para o enfrentamento da pandemia de covid-19. Os candidatos também receberão um exemplar das encíclicas Laudato si e Fratelli tutti, do papa Francisco.

Ainda segundo o protocolo, a imprensa não terá acesso ao local das audiências, mas poderá se credenciar para acompanhar a saída dos candidatos do edifício sede da CNBB.

Por fim, o documento afirma que “cada bispo, em sua diocese, é convidado a se orientar pelas indicações” do protocolo, “ciente de que sempre se manifestará exclusivamente em nome próprio”. Além disso, “entidades e organismos, configurações da missão laical em meio ao mundo, poderão se manifestar, desde que sempre em nome próprio, não falando, portanto, em nome da CNBB”.

Para conferir a íntegra do protocolo da CNBB, acesse AQUI.

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