Sete freiras que foram presas pela polícia da Etiópia em 30 de novembro de 2021, em meio ao conflito armado entre as forças governamentais e o grupo separatista da Frente Popular pela Libertação de Tigrê foram libertadas, segundo a agência Fides, serviço noticioso das Obras Missionárias Pontifícias.

As freiras libertadas são as irmãs Letemaryam Sibhat, Tiblets Teum, Abeba Tesfay, Zaid Moss, Abeba Hagos e Abeba Fitwi, da Congregação das Filhas da Caridade São Vicente de Paulo.

Fides disse que no sábado, 15, também foi libertada a irmã Abrehet Teserma, das Ursulinas de Gandino, como confirmou o cooperador Matteo Palamidesse. Esta freira voltou para sua comunidade na cidade de Shola.

Fontes locais confirmaram à Fides que todas as irmãs estão bem de saúde.

Não há notícias de dois diáconos e duas freiras de Kobo, que permanecem presos junto com milhares de outros etíopes da região de Tigrê, cujo paradeiro é desconhecido.

O jornal Avvenire, da Conferência Episcopal Italiana, diz que as prisões de etíopes do Tigrê, após a proclamação do estado de emergência em 5 de novembro de 2021 pelo governo do primeiro-ministro Abiy Ahmed, também incluíram padres católicos.

Em novembro, salesianos foram presos na capital, incluindo o superior provincial e parte de seus colaboradores leigos, como o italiano Alberto Livoni. Em seguida, eles foram liberados.

Em seu relatório de 2021, a ONG Human Rights Watch acusa o exército da Eritreia, aliado das forças federais etíopes neste conflito em Tigrê, de ter destruído os dois campos de refugiados de Hitsats e Shimelba.

Também os acusa de deportar milhares de refugiados eritreus para sua terra natal e de estuprar e matar dezenas de outros refugiados.

O exército de Isayas Afewerki também é responsável, segundo o relatório, pelo saque de muitos edifícios públicos e privados em Tigrê.

Os médicos de Tigrê pedem às autoridades da Etiópia que permitam a entrada de insulina para tratar pacientes diabéticos. Nesta região, a Cruz Vermelha também não conseguiu entregar outros medicamentos.

O Vatican News informou em 12 de janeiro que o conflito em Tigrê causou até agora o deslocamento de cerca de dois milhões de pessoas, e o bloqueio da ajuda humanitária. Um ataque de drone a um campo de refugiados deixou 56 mortos.

Depois do ataque, várias agências humanitárias suspenderam seu trabalho devido a ameaças contínuas de novos ataques de drones.

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