O site Servicios Koinonía, que reúne os autores mais controvertidos da antiga teologia da libertação e se apresenta como um banco de recursos pastorais, lançou uma série de painéis e cartazes para promover um próximo "curso de teologia do pluralismo religioso" com ambíguas mensagens que propõem, entre outras coisas, o "proselitismo" católico (quer dizer, o ato de anunciar o Evangelho a outras religiões) como um "pecado" que deve ser evitado.

Com efeito, um dos pôsters apresenta a frase "Todas as religiões são verdadeiras. O proselitismo é pecado". Nesta vertente do "pluralismo religioso", procurar a conversão de pessoas à Igreja Católica estaria desconjurada sob o´pressuposto relativista de que todas as religiões são idênticas.

O material gráfico para o curso é a última adição de uma série de controvertidos recursos "pastorais" que a organização vem colocando on-line, e é oferecido por um "grupo" que não se identifica claramente.

Entretanto, o domínio do site está registrado em nome do teólogo claretiano José María Vigil, está alocado em um servidor de propriedade dos Claretianos –a benemérita congregação fundada pelo Santo Antonio Maria Claret– e é administrado pela Marta Minnich da organização "Claretian Missionaries" com sede em Chicago, Estados Unidos.

Segundo Koinonía, que serve também de tribuna do controvertido teólogo liberacionista e ex-sacerdote franciscano Leonardo Boff, a intenção dos cartazes é destacar o "pluralismo religioso" –entendido sob o critério de que todas as religiões são iguais e que, portanto, evangelizar é um ato "insensível" e "violento" por parte dos católicos– e oferecem a seus usuários descarregá-los em formato de impressão.

Entre as mensagens, observam-se textos que promovem o relativismo e a equivalência de todas as religiões, como parte da que chamam "a nova teologia das religiões". Embora Koinonía e os claretianos sejam evidentemente organizações católicas, os textos rejeitam abertamente os ensinamentos da Igreja contidas no Concílio Vaticano II, e acentuadas tanto pelo Papa João Paulo II como por Bento XVI em seus constantes chamados à "nova evangelização".

Alguns exemplos

Entre as citações usadas nos cartazes estão:

  • "Todas as religiões são verdadeiras. O proselitismo é pecado".
  • "Os católicos, como os cristãos em geral, estão caindo em conta de que para que algo seja verdadeiro não é necessário que seja absoluto".
  • "Se fecharem as portas a todos os enganos, fecham-nas também à verdade".
  • "Um só povo não pode conhecer todos os caminhos de Deus; por isso Deus criou muitos povos. Quando um povo diz: ‘Eu sei tudo sobre Deus e sei melhor que outros’, esse povo não conhece bem a Deus".