A poucos dias da manifestação do dia 12-N em defesa da liberdade de ensino e contra o projeto educativo do Governo, a imprensa local revelou que quase um milhão e meio de estudantes são educados em colégios católicos, o que evidencia o desejo dos pais de família de dar a seus filhos uma formação católica.

O jornal La Razón informou que segundo dados do FERE-CECA, no país existem uns 2.700 colégios dirigidos por congregações religiosas, além disso estão os centros diocesanos e "instituições de inspiração cristã cuja titularidade corresponde à Igreja".

Do mesmo modo, nos dois últimos anos o número de alunos aumentou em 200 mil, principalmente em educação primária, e por filhos de imigrantes. Segundo o jornal, isso serviu para "paliar a baixa de alunos matriculados no ensino médio".

Dentro do amplo leque de opções católicas, as Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo é a congregação com mais colégios, 205 centros em total.

Neste sentido, e referindo-se ao 12-N, a responsável por educação em Madri, Irmã Eugênia, indicou que "a Igreja só quer um pacto escolar que possa frear a LOE, que dê estabilidade à educação e que beneficie os alunos. E isso defenderemos diante de quem for, não importa qual seja seu partido político".

Para a religiosa, o sucesso dos colégios católicos está em "saber atender à diversidade que existe na sociedade". Além disso, explicou que no contexto da sociedade atual, "estamos convencidos de que o ensino é uma nova forma de pobreza pela ausência e a confusão de valores que vemos nos alunos e nas famílias".

Por trás das Irmãs da Caridade seguem os Irmãos das Escolas Cristãs (os Irmãos de La Salle), com 101 colégios; e os Padres Salesianos com 98 centros.

Como afirma o jornal, estas três congregações, junto a outras 278, "empenham-se em reunir a educação com os valores, a matemática com a fé, e por isso contam com grupos de reflexão e vida cristã para os jovens. Uma oferta muito diferentes de outras atividades escolares, mas que dá frutos. E em abundância".