Arqueólogos israelenses descobriram os restos da que poderia ser a igreja mais antiga de Terra Santa, em um cárcere de máxima segurança em uma rota que desce do monte Armagedón, na cidade de Megiddo.

Conforme informa a agência Reuters, um dos especialistas, Yardena Alexandre, manifestou que "esta é uma das descobertas mais importantes dos começos da cristandade". "O que é importante deste descobrimento é que é em um período de transição. É o começo das Igrejas. Não havia um plano padrão para a construção", acrescentou.

Para o chefe das escavações, o arqueólogo Yotam Tepper, "esta é, com certeza em Israel, a igreja mais antiga", e acrescentou que "já foram descobertos lugares de orações na Terra Santa que poderiam ser mais antigos que as ruínas da prisão, mas nenhum foi classificado como uma igreja".

Os especialistas estimam que os restos correspondem à metade do século III e princípios do IV. O achado se fez enquanto escavavam em busca de antiguidades.

As ruínas contêm um mosaico no chão com inscrições em grego antigo que fazem referência a "Deus Jesus Cristo" e poderiam contribuir com dados sobre as práticas iniciais do cristianismo.

O solo está coberto com uma tela e à sobra das torres dos relógios, rodeado de grades altas e arames de pua. Acredita-se que foi construída ao estilo de um salão, e seu chão de mosaico contém desenhos geométricos e a imagem de um peixe, símbolo das origens do cristianismo. Uma inscrição no chão indica que um soldado romano ajudou a pagar pelos mosaicos, e outra dedica uma mesa à memória de Jesus.

Um porta-voz da Autoridade Carcerária de Israel disse que não se tomou uma decisão sobre o que fazer com o sítio. Os arqueólogos preferem manter o lugar intacto e transladar os mosaicos se for necessário.