O papa Francisco estabeleceu uma comissão pontifícia para verificar a aplicação do motu proprio Mitis Iudex Dominus Iesus, com o qual foi reformado o processo canônico para as causas de declaração de nulidade do casamento, há quase seis anos.

O objetivo, segundo o papa, é "apoiar diretamente as Igrejas na Itália na recepção da reforma do processo canônico para as causas de declaração de nulidade do matrimônio, dando novo impulso à aplicação do motu proprio Mitis Iudex". Segundo Francisco, "o impulso reformador do processo canônico do matrimônio - caracterizado pela proximidade, rapidez e gratuidade dos procedimentos - passa necessariamente por uma conversão das estruturas e das pessoas".

A comissão pontifícia no Tribunal da Rota Romana instituída pelo papa será presidida por monsenhor Alejandro Arellano Cedillo, deão do Tribunal da Rota Romana. Seus membros serão monsenhor Vito Angelo Todisco e monsenhor Davide Salvatori, juízes do mesmo tribunal, e dom Vincenzo Pisanello, bispo de Oria.

“A tarefa da comissão", escreve o papa, "será a de verificar e supervisionar a aplicação plena e imediata da reforma do processo de nulidade matrimonial" nas Igrejas da Itália "bem como sugerir às Igrejas o que se considera oportuno e necessário para apoiar e ajudar na frutuosa continuação da reforma, para que as Igrejas, que estão na Itália, possam mostrar-se mães generosas para com os fiéis, em um assunto intimamente ligado à salvação das almas".

No final de seu mandato, a comissão terá que elaborar um relatório detalhado sobre seu trabalho e sobre o que foi encontrado na aplicação do motu proprio Mitis Iudex.

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