O funcionário do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) Gary Sthal envolveu-se no debate sobre a legalização do aborto na Nicarágua com um chamado a defender as meninas que não querem ser mães, embora isto implique a morte dos não nascidos.

Stahl indicou que no debate parlamentar sobre as reformas do Código Penal, centradas no  aborto “por risco de vida da mãe”, “não estão levando em conta temas como os relacionados aos direitos da meninas e os efeitos do abuso sexual”.

Embora disse que a UNICEF não tem uma posição sobre o debate parlamentar, suas declarações mostraram o contrário.

“Parece-me que em todo este debate está se perdendo um pouco em algumas instâncias as vítimas, estão falando de um problema que é o aborto e acredito que talvez melhoraria o debate nacional se pudéssemos nos concentrar mais no fato que é uma violação flagrante dos direitos das meninas e dos meninos”, indicou.

O curioso é que o conceito de “vítimas” de Stahl não inclui aos não nascidos.

“É preciso analisar o tema de sua saúde mental, sua saúde física em geral. Em  vez de vê-lo como um debate, uma polêmica entre direita e esquerda, entre partido e partido, é preciso vê-lo desde a perspectiva dos direitos das crianças e das meninas porque parece que  se perderam um pouco as perspectivas das próprias meninas”, acrescentou o funcionário.

Fontes pró-vida indicaram a ACI Prensa que as declarações de Stahl só reforçam as acusações que por anos indicam a  UNICEF como um dos organismos internacionais que mais promovem o aborto. Para a UNICEF, defender as crianças é que possam abortar mas esquece que os não nascidos também são crianças que precisam de proteção.