O padre Giovanni Scalese, responsável pela missão católica no Afeganistão, e o padre José Carbajal, assistente do superior da Ordem dos Padres Barnabitas, aos quais foi confiada a missão, pediram orações pelo futuro do Afeganistão.

A Igreja católica esteve no Afeganistão durante mais de um século, quando os sacerdotes barnabitas iniciaram a missão e lhes foi confiada a direção da única igreja reconhecida no país, na embaixada italiana de Cabul.

Os padres barnabitas, desde a sua fundação no século XVI, sempre estiveram ao serviço das necessidades da Igreja. São colaboradores dos bispos onde a Igreja precise e seu carisma é o de acompanhar o povo de Deus nas suas necessidades mais urgentes e importantes, como fez o padre Scalese, que ficou no Afeganistão até o dia 25 de agosto.

“O padre Scalese oferecia o serviço religioso, a celebração da missa e de outros sacramentos para o pessoal interno e externo da embaixada e de outras representações diplomáticas. Além disso, as congregações religiosas presentes no país tinham nossa missão como ponto de apoio, ali era onde todos se encontravam”, disse o padre Carbajal.

Antes do regresso dos talibãs ao poder, a situação dos cristãos no país era calma. “Apesar das limitações, havia sempre uma vida de comunidade, uma vida de Igreja bastante normal. Sempre se manteve um serviço a este pequeno povo católico que ali peregrinava. Houve momentos de crise, mas sempre conseguimos manter a atividade missionária”, disse o superior dos barnabitas. Agora que os religiosos estão fora do país, a situação da Igreja no Afeganistão é incerta, fica “nas mãos e na providência de Deus”.

“A ideia é que o pequeno grupo que acompanhava a nossa presença no Afeganistão também possa encontrar um lugar onde viver com normalidade. Isto não vai ser fácil, mas confiamos na providência de Deus e nas mediações a nível diplomático para que uma solução possa ser encontrada para aquelas pessoas”, afirmou.

Segundo o padre Carbajal, o padre Scalese pediu para o povo “rezar, rezar muito pelo Afeganistão”. “Acho que, continuando ou não a presença católica no Afeganistão, devemos continuar orando. Como pessoas de fé, confiamos na proteção materna de Maria. Temos que continuar rezando pelo povo afegão e para que as principais vítimas possam conservar sua dignidade e manter a esperança sempre viva”.

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