O papa Francisco nomeou dom Giovanni Crippa, até então bispo de Estância (SE), bispo de Ilhéus (BA), hoje, 11 de agosto. Dom Crippa substitui dom Mauro Montagnoli que renunciou por motivo de idade.

O novo bispo de Ilhéus é italiano e membro do Instituto das Missões da Consolata. Nasceu em Milão, em 6 de dezembro de 1958. Fez sua profissão religiosa em 1981 e recebeu a ordenação sacerdotal em 1985. Foi enviado ao Brasil como missionário no ano 2000 e passou a exercer seu ministério na arquidiocese de feira de Santana (BA). Também foi membro do grupo de coordenação do Departamento Histórico do Instituto das Missões da Consolata e Conselheiro Provincial no Brasil.

Em 21 de março de 2012, foi nomeado pelo então papa Bento XVI bispo auxiliar de Salvador (BA). Recebeu a ordenação episcopal em 13 de maio do mesmo ano. Em 9 de julho de 2014, foi nomeado bispo de Estância (SE). Na Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) é membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária.

Durante uma entrevista em 2019 à Revista Missões, Instituto da Consolata, dom Crippa falou sobre as missões e disse que “o encontro com Cristo é central, é a partir daí que tudo se desenvolve”. “Tem momentos em que o missionário tem que voltar a ser discípulo porque não podemos ser missionários sem viver o discipulado. Mas também não existe um verdadeiro discipulado que não seja missionário. Então, são os dois elementos que devem continuamente dialogar”, disse.

Em 2018, o bispo falou sobre as experiências missionárias no Brasil durante a 56ª Assembleia Geral da CNBB. Na ocasião, reforçou que “a Igreja é, por sua natureza, missionária”. “O Concílio [Vaticano II] nos lembrou que a missão tem origem em Deus, que é amor, que não se contém, que se transborda, que se autocomunica”, afirmou. Por isso, disse, “uma Igreja particular não pode se encerrar dentro de si”, mas que uma diocese “tem que ter um olhar amplo”.

A presidência da CNBB publicou uma saudação a dom Crippa por sua nomeação ao governo diocesano de Ilhéus e lhe desejou “um frutuoso ministério”. “Ao saudá-lo, reforçamos as palavras do papa Francisco sobre a nossa vocação e a vocação da Igreja no vídeo de intenções de oração para o mês de agosto deste ano: ‘A vocação própria da Igreja é Evangelizar, o que é diferente de fazer proselitismo. Só podemos renovar a Igreja a partir do discernimento da vontade de Deus em nossa vida diária, empreendendo uma transformação guiada pelo Espírito Santo’”, afirmou a nota.

O agora bispo emérito de Ilhéus, dom Mauro Montagnoli completou 75 anos em 2020 e, portanto, apresentou seu pedido de renúncia ao papa, conforme prevê o Código de Direito Canônico. Membro da Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo (estigmatinos), foi ordenado bispo em 1996, em Ouro Fino (MG), sua terra natal. Foi o oitavo bispo de Ilhéus.

Na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi membro da Comissão Episcopal Pastoral, responsável pelo Setor Leigos, Pastoral da Juventude e Comunidades Eclesiais de Base (1999 a 2003), membro do Conselho Episcopal Pastoral e presidente da Comissão para o Laicato (2003 a 2007). No Conselho Episcopal Latino-Americano, foi membro da Comissão Episcopal do Departamento de Leigos (1999) e presidente do Departamento de Leigos (2000 a 2003).

Em nota, a presidência da CNBB agradeceu dom Mauro por “sua valiosa contribuição para a missão da Igreja na Bahia e, especialmente, para a Igreja no Brasil e da América Latina colaborando especialmente na caminhada do Laicato, da Juventude e das Comunidades Eclesiais de Base”.

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