O bispo de Hakha, em Myanmar, dom Lucius Hre Kung, pediu a libertação do sacerdote e do catequista que foram sequestrados pelas Forças de Defesa de Chin (FDC), um grupo insurgente da etnia chin, no país.

Na segunda-feira, 26 de julho, o padre Noel Hrang Tin Thang e um catequista, ambos da paróquia de Nossa Senhora do Rosário em Surkhua, foram pegos enquanto viajavam para Hakha. A CDF, um dos vários grupos de oposição às forças da junta militar que deu um golpe de Estado em fevereiro, disse que o padre e o catequista estão bem.

Em seu comunicado de 1 de agosto, dom Hre Kung manifestou sua preocupação com o tratamento que os detidos possam estar recebendo e pediu aos líderes da CDF para que eles, que já estão detidos há uma semana, sejam postos em liberdade imediatamente.

Fiéis da comunidade rezaram pela libertação imediata do catequista e do padre Tin Thang, que ajudou dezenas de deslocados, entre os quais velhos, mulheres e crianças, que procuraram refúgio na paróquia após o início dos confrontos.

A CDF acusa o padre de dar informações aos militares em troca de apoio médico e de instar os moradores a receber ajuda da junta militar.

Desde o dia 1º de fevereiro, Myanmar sofre com confrontos entre as forças de segurança e os manifestantes, que protestam contra o golpe militar de Estado que derrubou a dirigente Aung San Suu Kyi. Em nota do dia 30 de julho, a ONU informou que, desde o início da violência, mais de 18 mil pessoas foram deslocadas no estado de Chin e nas regiões vizinhas de Magway e Sagaing.

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