O papa emérito Bento XVI disse que a Igreja, “para cumprir sua missão”, deve “desprender-se do mundo".  Em entrevista à revista alemã Herder Korrespondenz disse que “enquanto nos textos oficiais da Igreja as funções falarem mais alto que o coração e o espírito, o mundo continuará a se distanciar-se da fé”.

Para Bento XVI, “em instituições da Igreja - hospitais, escolas, Cáritas - muitas pessoas participam de posições decisivas, mas não partilham a missão interior da Igreja” e “em muitos casos, obscurecem o seu testemunho”. Segundo Bento XVI, “espera-se um testemunho de fé verdadeiro e pessoal dos operadores da Igreja”.

O papa emérito lembrou que a Igreja não separa o trigo do joio nem o peixe bom do ruim e, portanto, “não poderia se tratar de separar o bem do mal, mas, sim, de separar os crentes dos não crentes".

E suas declarações, Bento XVI usou a palavra “desmundanização” e comentou que ela vem do vocabulário filosófico e talve não seja totalmente adequada. “A palavra desmundanização indica a parte negativa do movimento que me preocupa", mas, "o aspecto positivo não é suficientemente expresso pelo termo".

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