A comunidade siro-malabar na Índia celebrou uma missa entre os escombros da igreja Little Flower, em Nova Deli, demolida por ser uma estrutura ilegal segundo a Autoridade para o Desenvolvimento de Deli (DDA).

O bispo da diocese de Faridabad, dom Kuriakose Bharanikulangara, pediu ao primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que apoie a reconstrução da igreja, em funcionamento há quase 15 anos. “Pedimos-lhe que intervenha imediatamente para a reconstrução e restauração do dano causado aos fiéis neste lugar de oração, devastado sem nenhum respeito”, afirmou.

A diocese também pediu o apoio da Comissão Nacional para as Minorias.

O chefe do governo local de Kerala, Pinarayi Vijayanha, disse estar chocado com a demolição da igreja e disse que fará as investigações necessárias para apoiar os fiéis, que vêm se reunindo nos escombros da igreja para orar.

A DDA informou que um os “invasores ilegais” receberam um aviso emitido no dia 7 de julho, onde se informava que a área era de utilidade pública e não estava destinada a ninguém. Eles deram 3 dias para que os “ocupantes” deixassem o local e que, após o prazo, as medidas necessárias seriam tomadas.

No entanto, o sacerdote da Igreja Little Flower, padre José Kannumkuzhy, informou Asia News que a demolição foi realizada sem aviso prévio. “Não houve discussão”, afirmou. “Eles chegaram sem avisar. Eu estava lá quando aconteceu”, lamentou.

O sacerdote disse que os funcionários da DDA destruíram imagens, objetos litúrgicos, registros e o sistema de som da igreja. Embora o altar tenha ficado de pé, não é possível utilizá-lo.

Segundo o pe. Kannumkuzhy, a igreja “não era uma construção sólida, mas uma estrutura temporal que estava ali há quase 15 anos. E nessa mesma zona há também outra igreja, uma mesquita e um templo que não foram tocados”.

O presidente do Conselho Mundial de Igrejas Cristãs na Índia, Sajan K. George, lamentou o fato e afirmou que a demolição é um “ato anticristão”. Para ele, “a igreja foi destruída porque os cristãos são uma minoria discriminada”.

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