O presidente dos EUA, Joe Biden, respondeu a uma pergunta sobre a comunhão ser negada a políticos católicos que apoiam o aborto, como ele dizendo que é uma questão privada e que ele não acha que vai acontecer. A conferência episcopal americana fez sua reunião da primavera na semana passada e debateu um documento sobre a Eucaristia que incluiria esse tema.

Num projeto do documento, o comitê de doutrina dos bispos citou a necessidade especial de as figuras públicas católicas manterem os ensinamentos da Igreja na vida pública.

Biden, que é o segundo presidente católico dos EUA, depois do também democrata John Kennedy (presidente de 1961 a 1963), impulsionou o uso de dinheiro público para aborto. Seu governo busca desregulamentar todo tipo de aborto e o financiamento de grupos pró-aborto internacionais.   

No 48º aniversário da decisão Roe x Wade da Suprema Corte, que abriu caminho para a a legalização do aborto nos EUA, Biden e a vice-presidente Kamala Harris fizeram declaração conjunta em apoio à decisão e declarando sua intenção de transformá-la em lei federal.

Biden abandonou a chama Política da Cidade do México, uma medida do executivo que proibia os EUA de financiar ONGs estrangeiras que fazem ou promovem abortos.

Biden permitiu o uso de dinheiro do governo federal em abortos ao apresentar seu orçamento para 2022 sem a chamada Emenda Hyde, que desde 1976 é adicionada aos orçamentos federais para proibir que o sistema de saúde público dos EUA pague abortos.

A constituição sobre o mundo moderno do Concílio Vaticano II Gaudium et spes diz que a vida deve “ser salvaguardada, com extrema solicitude, desde o primeiro momento da concepção; o aborto e o infanticídio são crimes abomináveis”.

A Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) da Santa Sé emitiu documento em 2002 sobre a participação de católicos na vida política. O documento sublinhou a necessidade de os católicos aderirem ao ensinamento da Igreja, especialmente em assuntos importantes como aborto e eutanásia.

O cardeal Luis Ladaria, prefeito da CDF, citou essa nota em sua carta aos bispos americanos em maio deste ano em relação à questão da comunhão para políticos que apoiam legislação permissiva de males sérios.

Em outubro de 2019, durante sua campanha a presidente, Biden teve a comunhão negada numa paroquia da diocese de Charleston. Segundo um documento da diocese, também adotado na arquidiocese de Atlanta e na diocese de Charlotte, “figuras públicas católicas que sistematicamente apoiam o aborto eletivo cooperam com o mal publicamente. Ao apoiar legislação pró-aborto elas participam de um pecado grave manifesto, condições que as exclui da admissão à Comunhão Sagrada enquanto persistirem na posição pró-aborto.”

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