Para evitar ficar fora da eleição por não cumprir a quota de candidatas mulheres, 18 candidatos do partido Fuerza por México, no estado de Tlaxcala, se apresentaram como mulheres “trans”. A reforma constitucional mexicana de 2019 exige que as listas de candidatos dos partidos políticos no país sejam compostas por 50% de mulheres e 50% de homens.

Diante das críticas ao partido, o presidente do Fuerza por México, Luis Vargas, disse a um noticiário de TV que seus candidatos “não são falsos” trans. “A questão trans tem três vertentes: é transgênero, transexual e travesti. E a questão da comunidade é muito ampla. Não posso entrar na privacidade das pessoas e dizer você sim, e você não”, disse Vargas.

A jornalista mexicana Denise Maerker, falando sobre a reportagem da rede de TV Televisa, disse que “18 candidatos daquele partido se assumem, se auto atribuem, se auto assumem como trans. Mas nenhum deles demonstra isso, não se vê isso em nenhum deles”.

Em diálogo com o ACI Prensa, Marcial Padilla, diretor da Conciencia y Participación, organização de defesa  da “vida humana em todas as suas etapas, a solidez dos lares e dos casais”, disse que “tem vezes que é certo aquele ditado 'a cobra morde o próprio rabo'”. Padilla acha que “a ideologia de gênero, por ser uma confusão e um caos subjetivo, também chega a um momento de crise, quando interesses financeiros, políticos ou de outra índole demonstram as suas mentiras e ambiguidade”. Para Padilla, “este será um dos muitos casos que veremos no México e em outros países”. “Certamente, a ideologia de gênero encontrará formas de tentar reprimir isso. Mas lembre-se, a realidade sempre chega até você”, disse ele. “Se você é homem, sempre será; se for mulher, sempre será. Não é apenas uma característica subjetiva: é um fato objetivo”, afirmou.

Padilla destacou que “é verdade que há homens que se percebem como mulheres, mas essa percepção não os faz deixar de ser homens. São pessoas que necessitam acolhimento, respeito e ajuda”.

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