A deputada Cristina Coto de la Mata declarou seu desacordo em financiar com os impostos dos espanhóis as religiões que difundem idéias que atentam contra a dignidade e direitos da mulher.

"Não vamos a aceitar que com impostos espanhóis se comungue com idéias contra a mulher" afirmou Coto e insistiu que o Islã representa "um retrocesso para os direitos da mulher".

As declarações da deputada do Partido Pupular (PP) foram feitas depois que o  Executivo socialista anunciou sua intenção de financiar aulas de credos religiosos minoritários nas escolas públicas e sua promoção nos meios de comunicação.

"Determinadas confissões religiosas, entre elas o Islã, continuam defendendo práticas contra a dignidade da mulher como o burka, o véu ou a  poligamia", afirmou a deputada na Junta Geral do Principado de Astúrias.

A deputada afirmou também que "chama a atenção que agora queiram promover o ensino do Islã em centros" as mesmas pessoas que "ardiam me cólera pela LOCE com afirmações falsas de que a matéria de religião católica era obrigatória para todos, quando era optativa".

A deputada asturiana reiterou o apoio de seu partido "às características do Estado espanhol, leigo e aconfissional" e colocou em dúvida que a fé muçulamana pudesse ser financiada com um método semelhante ao da Igreja Católica através de contribuições voluntárias na declaração de renda "porque não são suficientes e nem mesmo eles sabem quantos muçulmanos existem na Espanha".

"Não se trata de boicotar ninguém", precisou Coto, anunciando que seu grupo apresentará uma proposição não de lei para que se revisem rigorosamente todos os  conteúdos da futura matéria de religião islâmica.