VATICANO, 17 de out de 2005 às 15:35

Nesta segunda-feira pela manhã, os padres sinodais dedicaram a reunião a elaborar o primeiro resumo das conclusões produzidas até agora e trabalhadas nos diversos círculos menores lingüísticos. As conclusões incluem uma ampla fila de temas referidos a como celebrar mais dignamente a Eucaristia e como aproximá-la dos fiéis.

Dom. Alberto Giraldo Jaramillo, Arcebispo de Medellin (Colômbia), anunciou que seu grupo de língua espanhola tinha elaborado 27 proposições, entre as quais destacavam-se:

  • "Que cada Bispo dê toda a importância à formação dos seminaristas", dando "atenção muito especial à seleção e formação dos candidatos para viver o carisma do celibato".
  • "Que se organize na diocese uma pastoral vocacional bem estruturada, que parta da oração pelas vocações e tenham o apoio das famílias, os sacerdotes e os seminaristas".
  • "Que se preste atenção muito especial aos doentes de tal maneira que se assegure para eles a Eucaristia".
  • "Que se faça uma renovada pastoral do Sacramento da Reconciliação", oferecendo "a ajuda (aos fiéis) para uma digna recepção do Senhor Jesus Cristo Sacramentado"

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Por sua vez, Dom. Diamuid Martin, Arcebispo de Dublin (Irlanda), destacou de seu grupo menor em inglês, a importância da adoração Eucarística, que "considerada  um sinal emergente dos tempos, pode sustentar amplamente a santidade dos indivíduos e das comunidades".

Não aos sacerdotes casados

Dom. Paul-André Durocher, Bispo da Alexandria-Cornwall (Canadá), revelou, por sua vez, que no círculo em francês "a idéia de ordenar a ‘viri probati’ (homens casados virtuosos) foi objeto de debate, mas não obteve a maioria de votos".

"O grupo afirma unanimemente o valor inestimável do celibato sacerdotal para a Igreja latina e quer que a Igreja se comprometa em uma pastoral vocacional ainda mais enérgica, positiva e aberta aos dons de Deus", acrescentou o Prelado.

Divorciados que voltaram a se casar

Dom. Giralod referiu-se que em seu grupo a necessidade de fazer compreender que os católicos divorciados que voltaram a se casar, embora não possam receber o sacramento, continuam pertencendo à comunidade eclesiástica. "Atendendo a difícil situação de quem tem sofrido a dor das rupturas da separação, tratar-se-á de chegar a eles em atitude misericordiosa para que possam receber uma orientação e apoio que lhes permita elucidar sua situação com um processo canônico adequado".

De maneira similar se expressou Dom. Renato Corti, de Novara (Itália), ao assinalar que em um dos grupos de língua italiana "se considerou a situação específica daqueles que estão em uma situação matrimonial irregular, tratando de lhes dedicar cuidados possíveis e importantes para que as pessoas se sintam acolhidas, confiem-se ao Senhor e dêem passos concretos à  luz do Evangelho".

No círculo alemão, Dom. Gerhard Ludwig Müller, Bispo de Regensburg (Alemanha), destacou por sua vez que "é possível esperar uma autêntica renovação dos cristãos, dos religiosos e leigos, sobretudo, dos jovens cristãos comprometidos, que se deixam atrair por Cristo, que vivem do amor de Cristo eucarístico e que estão dispostos a aceitar um modo de viver o matrimônio cristão e a vida segundo os conselhos evangélicos, ao qual foram chamados pelo Espírito Santo para constituir a Igreja com os distintos carismas. Aqui não se trata de números, mas bem, de qualidade".