A rede social Twitter censurou o deputado espanhol Francisco José Contreras, do partido VOX, por postar uma mensagem dizendo que “um homem não pode engravidar. O homem não tem útero nem óvulos”.

A suspensão da conta do deputado imposta pelo Twitter em 11 de maio durou 12 horas, e a rede social norte-americana avisou que “violações repetidas podem causar a suspensão permanente de sua conta”.

A publicação de Contreras e a censura ocorreram no âmbito do debate sobre a “lei trans” na Espanha, norma rejeitada neste dia 18 de maio que buscava, entre outros pontos, fazer com que quem se identifique como transexual mude de identidade nos documentos oficiais sem a necessidade de atestados médicos ou decisões judiciais.

O deputado do VOX denunciou que foi forçado pelo Twitter a deletar sua publicação para manter sua conta ativa.

A través da sua página no Facebook, Contreras explicou que o Twitter o acusou de “quebrar” suas regras, “especificamente as regras que proíbem o discurso de ódio”.

“Não é permitido ameaçar, assediar ou promover a violência contra outras pessoas em razão de sua raça, origem étnica, nacionalidade, orientação sexual, gênero, identidade de gênero, religião, idade, deficiência ou doença”, acrescentou a rede social.

Para Contreras, “fica claro que isso já virou biologia fascista. Na próxima vez, tentarei 2+2=4 ".

VOX é um partido que defende abertamente a vida e a família e se opõe claramente à imposição da ideologia de gênero na Espanha.

Países como Hungria e Polônia estariam avaliando as regulamentações para que as redes sociais não censurem conteúdos permitidos de acordo com a sua legislação interna.

Em janeiro deste ano, o primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, disse que “não há e não pode haver consentimento para a censura”.

“Os algoritmos ou os donos de gigantes corporativos não deveriam decidir quais pontos de vista são corretos e quais não são”, disse ele na ocasião.

Francisco Javier Contreras recebeu em 2014 o Prêmio Hazteoir (Faz-te ouvir), organização espanhola fundada em 2001 para “defender e promover de forma útil e efetiva a vida, a família e a liberdade através de petições e ações online”, pelo “seu excelente trabalho sobre com relação à base humanística que sustenta a ação cívica na defesa da dignidade humana e da liberdade”.

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