A Igreja no Brasil rezará no próximo dia 1º de junho pela paz no Sudão do Sul, país que vive uma guerra civil desde dezembro de 2013 devido às dificuldades de convivência entre suas diferentes etnias e culturas.

A Jornada de Oração e Missão é promovida pela Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), sempre no primeiro dia de cada mês, em memória a Santa Teresinha do Menino Jesus, padroeira das missões.

Este dia de oração faz parte de uma série, na qual se sublinha o valor da oração como “agir missionário”. “É muito comum nós entendermos a missão como atividade missionária ou como contribuição econômica, mas ainda é muito falha a ideia de que a oração é a primeira grande contribuição para a missão”, disse o assessor da Comissão para a Ação, padre Daniel Rocchetti.

Esta é a terceira edição da Jornada de Oração Missão. A primeira aconteceu em abril, quando se rezou pela paz em Myanmar e, em maio, a oração foi pelo Haiti.

Conflito no Sudão do Sul

O Sudão do Sul, com uma população majoritariamente cristã, tornou-se independente em 2011 do Sudão, que tem uma maioria muçulmana. No entanto, uma crise política pelo poder no país resultou em uma guerra civil aberta a partir de dezembro de 2013. O país encontrou, após sua independência, grandes dificuldades em combinar as numerosas etnias e culturas que convivem na nação.

“Vi acontecer a independência do Sudão Sul em 2011, depois de mais de cinco décadas de luta sangrenta contra o Sudão. Desde então passou a ser República do Sudão do Sul. Porém, a situação caótica e violenta continuou; mas, agora entre etnias que deveriam ser irmãs”, disse a assessora da Comissão para a Ação da CNBB, a religiosa comboniana Sandra Amado.

Os dois povos principais do país, o povo Dinka e o Nuer, enfrentam uma série de diferenças políticas irreconciliáveis. Seus líderes, o presidente Salva Kiir e opositores pertencentes ao povo Nuer, se reuniram no Vaticano em abril de 2019, convidados pelo Pontífice por ocasião de um retiro espiritual.

No Natal de 2020, o papa Francisco, que em diversas ocasiões rezou pela paz no Sudão do Sul, reafirmou seu desejo de visitar esse país. Em uma carta aos líderes sul-sudaneses assinada de forma conjunta pelo Pontífice, o arcebispo de Canterbury, Justin Welby, da Igreja da Inglaterra, e o Moderador da Igreja da Escócia, Martin Fair, recordaram o “compromisso de visitar o Sudão do Sul no devido tempo quando as coisas voltarem à normalidade”.

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