Após o consistório público com os cardeais na manhã de hoje, o Papa Francisco aprovou a canonização do missionário francês Carlos de Foucauld, que foi assassinado na Argélia, e de outros seis beatos.

Segundo o site oficial de notícias do Vaticano em português, ‘Vatican News’ a data da cerimónia de canonização será definida posteriormente “em função da evolução da pandemia”.

No consistório, ocasião em que o Papa aprovou a canonização dos 7 candidatos da lista levada pelo Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Marcello Semeraro, o Pontífice recordou a “vida cristã exemplar” dos futuros santos, entre eles Carlos de Foucauld, morto aos 58 anos, por um grupo armado no Saara argelino, a 1 de dezembro de 1916.

O religioso francês, que alcançou a santidade vivendo como monge no deserto, havia sido beatificado a 13 de novembro de 2005, em cerimônia na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

“Um homem que venceu tantas resistências e deu um testemunho que fez bem à Igreja. Peçamos que nos abençoe do céu e nos ajude a caminhar nos caminhos de pobreza, contemplação e serviço aos pobres”, referiu Francisco no centenário da morte do religioso.

Nascido em Estrasburgo (França), a 15 de setembro de 1858, o religioso empreendeu em 1883 uma expedição no deserto de Marrocos que lhe valeu a medalha de ouro da Sociedade de Geografia; converteu-se ao catolicismo em 1886 e foi ordenado sacerdote em 1901 em Viviers, tendo decidido partir para Beni-Abbès, no deserto argelino, perto da fronteira com Marrocos.

Acompanhou militares pelas montanhas do Hoggar, junto dos Tuaregues, um povo nómada e hostil aos franceses; em 1909 regressa a Tamanrasset onde fica até à sua morte, apesar da instabilidade provocada pela I Guerra Mundial; foi sequestrado por um grupo de rebeldes e assassinado (1 de dezembro de 1916) por um grupo de tuaregues senussi.

Seu exemplo deu origem a dez congregações religiosas, entre as quais as fraternidades dos Irmãozinhos e Irmãzinhas de Jesus, criadas depois da sua morte.

Carlos de Foucauld foi recordado por Francisco na sua encíclica ‘Fratelli Tutti’ pelo seu ideal de “identificação com os últimos, os mais abandonados no interior do deserto africano”.

Os outros beatos que proximamente serão canonizados são:
beato Lázaro, mártir indiano do século XVIII, conhecido por Devasahayam Pillai;
beato César de Bus (1544-1607, França), sacerdote e fundador da Congregação dos Padres da Doutrina Cristã; do beato Luís Maria Palazzolo (1827-1886), que fundou as Irmãs dos Pobres, também conhecido como Instituto Palazzolo; beato Justino Maria Russolillo (1891-1955), sacerdote, fundador da Sociedade das Divinas Vocações e da Congregação das Irmãs das Divinas Vocações; beata Beata Maria Francisca de Jesus (nascida Anna Maria Rubatto, 1844-1904), fundadora das Irmãs Terciárias Capuchinhas de Loano, que nasceu em Carmagnola (Itália) e morreu em Montevidéu (Uruguai); beata Maria Domenica Mantovani (1862-1934, Itália), co-fundadora e primeira Superiora Geral do Instituto das Pequenas Irmãs da Sagrada Família.

 

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