"Deus nos revelou mais uma vez" que "não somos tão poderosos nem temos o controle como pensávamos", afirmou o comitê administrativo da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) depois de um ano de pandemia.

"Em vez de sentir-nos envergonhados por esta impotência ou sufocados pelo medo do que não podemos controlar", devemos ver que “a nossa conexão e dependência de Deus foram reveladas", acrescentaram.

O comitê administrativo é composto pelo presidente da USCCB e Arcebispo de Los Angeles, Dom José Gomez, pelos presidentes dos comitês da USCCB e por representantes de cada região episcopal norte-americana.

Os prelados emitiram a sua declaração um ano depois que as dioceses norte-americanas começaram a cancelar as Missas públicas por causa da pandemia. “Este mês marcamos um ano desde que a pandemia mudou drasticamente a vida em nosso país, provocando um imenso sofrimento”, lembraram.

No entanto, junto às "imensas dificuldades" sofridas pelo vírus e pela crise econômica causada pela pandemia, houve também "inúmeros atos de sacrifício" realizados por socorristas, profissionais da saúde e outros.

Segundo a Universidade Johns Hopkins, cerca de 528 mil pessoas morreram de Covid-19 nos Estados Unidos e 2,6 milhões no mundo todo.

Embora as dioceses dos EUA tenham retomado as Missas públicas com o cuidado das medidas de biossegurança, os fiéis foram dispensados ​​da obrigação de ir à Missa dominical de maneira presencial.

Desde agosto, no entanto, bispos de várias dioceses Tyler começaram a suspender a dispensa geral do preceito dominical.

No comunicado, os bispos acrescentaram que a pandemia enfatizou a necessidade de solidariedade global, particularmente no que diz respeito à distribuição de vacinas.

“As nações mais ricas e as empresas farmacêuticas devem trabalhar juntas para garantir que nenhuma nação e nenhuma pessoa sejam deixadas para trás”, observaram.

Atualmente, três vacinas foram aprovadas nos Estados Unidos e outra vacina candidata da Universidade de Oxford e da AstraZeneca concluiu os ensaios clínicos de fase III.

"Devemos aproveitar a amabilidade e a abertura que testemunhamos em nível local, criando mais estruturas sociais que não só curarão as fraturas e o isolamento que muitos sentiram durante esta pandemia, mas também evitarão que tais divisões ocorram novamente", afirmaram.

Os bispos também assinalaram as "injustiças raciais" que foram evidenciadas no ano passado.

“Testemunhamos injustiças raciais, a diminuição dos pobres e dos idosos e as dolorosas divisões em nossa vida política. No entanto, sabemos, como os Salmos nos lembram, que encontramos consolo na promessa de Deus de nos dar a vida”, afirmaram.

Publicado originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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