O Patriarca da Babilônia dos Caldeus, cardeal Louis Raphael Sako, indicou que a visita do Papa Francisco ao Iraque "encorajará os iraquianos a superar o passado doloroso, com vistas à reconciliação nacional e à cura de feridas".

Isto é o que o Purpurado disse no final da Missa em Rito Caldeu presidida pelo Santo Padre ontem, 6, na Catedral de São José em Bagdá.

"Sua visita encorajará os iraquianos a superar o passado doloroso, com vistas à reconciliação nacional, à cura das feridas, à coesão e à cooperação para o crescimento, paz e estabilidade, simplesmente porque são irmãos e ainda, cidadãos da terra de Abraão, o Iraque é seu lar comum", disse o cardeal Sako ao Pontífice e aos quase 200 participantes, incluindo o presidente do Iraque, Barham Ahmed Salih Qassim.

Em seu breve discurso, o Patriarca iraquiano expressou sua alegria e apreço pela "corajosa visita" do Papa "especialmente pelo fato de que ocorre em circunstâncias excepcionais devido às lutas e crises em que vivem nossas nações e outras nações do mundo".

"Sua presença entre nós, como um peregrino que reza por um mundo mais humano, mais fraterno, mais solidário e mais pacífico, nos enche de esperança", acrescentou o líder dos Caldeus.

"Sim, Sua Santidade, todas as partes devem se considerar parte da mesma família, cuidar da casa comum e da solidariedade, e contribuir para o surgimento de crises sufocantes como a pandemia coronavírus, pobreza, emigração, extremismo, terrorismo e problemas ambientais", disse o cardeal Sako, que acrescentou que "o despertar espiritual e moral é necessário para realizar este projeto vital".

Nesse sentido, o Patriarca ressaltou a importância de educar crianças e jovens de diferentes religiões e nacionalidades para enriquecê-los e libertá-los "do extremismo e do terrorismo" ao receber treinamentos que os tornem "capazes de relações cotidianas concretas abertas à aceitação, ao diálogo, à compreensão mútua, à tolerância, ao amor, à bondade, à paz e ao respeito à vida e ao meio ambiente".

Finalmente, o cardeal Sako reiterou que a presença como "cristãos no Iraque e no Oriente Médio" é uma vocação e uma missão à qual não podemos renunciar apesar das dificuldades.

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