Congressistas democratas pediram ao presidente Biden nesta semana para retirar proteções orçamentárias contra aborto do Orçamento Federal de 2022.

Líderes da bancada pró-aborto do Congresso americano, da bancada de Mulheres Democrratas e outros membros da Câmara dos Deputados e do Senado enviaram carta ao presidente John Biden na terça-feira pedindo que ele eliminasse as emendas Hyde, Weldon e Helms, que restringem o uso de dinheiro público para abortos eletivos.

As emendas Hyde e Helm proíbem o uso dos pagadores de imposto americanos para abortos eletivos nos EUA e no exterior respectivamente. A emenda Weldon restringe o financiamento de Estados que discriminem contra instituições de assistência médica que se opõem ao aborto.

Essas emendas vêm sendo aplicadas há anos. As emendas Hyde e Helms desde os anos 1970. O Instituto Charlotte Lozier, pró-vida, calcula que a Emenda Hyde salvou a vida de mais de 2,4 milhões de pessoas desde que começou a ser adotada em 1976.

Nos últimos anos, um número crescente de Democratas tem feito pressão para que a emenda Hyde seja derrubada, incluindo o presidente Biden, que antes a apoiava.

O deputado Jim Banks (Republicano de Indiana) liderou um grupo de parlamentares que enviou uma carta a Biden pedindo a manutenção das emendas. Banks disse à CNA na quarta-feira que a emenda Hyde “é apoiada por uma avassaladora maioria de eleitores, foi apoiada pelo Presidente Biden tão recentemente quanto 2019 e passa todo ano apoiada pelos dois partidos sem controvérsia há décadas.”

“O Partido Democrata atual adotou completamente um radicalismo contra a vida, mas o Comitê de Estudo Republicano (maior bancada conservadora do Congresso americano) está igualmente decidido a garantir que emenda Hyde continue salvando vidas não-nascidas”, disse Banks.

Deputados pró-aborto disseram em sua carta a Biden que a pandemia em curso “mostrou mais uma vez o persistente racismo estrutural e as desigualdades de nosso sistema de saúde, com comunidades de cor, especialmente as comunidades negras, latinx e das ilhas do Pacífico e povos indígenas enfrentando altas taxas de infecção e morte pela Covid-19.”

“Estamos preparados para trabalhar com a administração Biden para desfazer políticas prejudiciais de acesso ao aborto que só foram exacerbadas pela pandemia de Covid-19.”

A emenda Hyde barra subsídios para “pessoas matriculadas nos planos Medicaid e Medicare, servidores federais e seus dependentes, voluntários dos Corpos de Paz, indígenas, mulheres em prisões federais e centros de detenção de imigrantes e moradores do Distrito de Columbia (onde fica Washington, a capital federal dos EUA)”, alegam.

“Estamos comprometidos a assegurar que todas as pessoas possam ter acesso a cuidados de saúde reprodutiva não importa o quanto ganhem, onde nasceram ou vivam, sua idade, sua situação como imigrante, sua raça ou seu sexo incluindo orientação sexual e identidade de gênero”, escreveram.

Publicado originalmente em CNA.

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