O Cardeal Peter Turkson, prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, divulgou uma mensagem por ocasião do Dia Mundial da Hanseníase, celebrado em 31 de janeiro, na qual destacou que o objetivo da iniciativa é lutar contra a hanseníase, mas também "acabar com o estigma social que acompanha esta doença difícil".

Destacou que “nas últimas décadas, os serviços de saúde têm experimentado grandes progressos no tratamento da hanseníase, ou da doença de Hansen. A terapia multifarmacológica mostrou uma eficácia notável no tratamento desta doença, suscitando muitas esperanças”.

Ao mesmo tempo, sublinhou que “os cuidados de saúde, além de tratar os males físicos da pessoa, devem também levar em consideração as dimensões sociais e psicológicas”.

Além disso, pediu "promover a inclusão de todas as pessoas na sociedade e assegurar a sua integração na comunidade".

“O doente de hanseníase não sofre apenas com a doença em si, mas também com a forma negativa com que é acolhido na comunidade. A falta de adesão social pode ter repercussões profundamente negativas na autoestima e na visão de vida de uma pessoa, fazendo com que esta seja ainda mais vulnerável à doença mental”.

Como exemplo de cura integral dos doentes de lepra, o Cardeal Turkson deu como exemplo o episódio do Evangelho de São Lucas no qual Jesus cura um doente de lepra. O Senhor “aplica o bálsamo da dignidade humana além do remédio físico. Converte-se em um acontecimento que afeta toda a pessoa e cujas consequências têm um grande alcance”.

Esse exemplo, continuou o Cardeal, mostra que “Deus quer curar todas as pessoas e a pessoa toda. A saúde integral engloba também a dimensão pessoal e social; inclui tanto a natureza espiritual da pessoa como a física”.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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