Pouco antes das 8 da noite –hora de Buenos Aires-  Carmen Argibay, a feminista que tinha se declarado “atéia militante” e partidária do aborto, tornou-se a segunda mulher a ser aprovada pelo Congresso para fazer parte do Superior Tribunal de Justiça da Nação Argentina.

Após  quase 8 horas de debate, durante o qual se insistiu a postura anticonstitucional da juíza feminista,  procedeu-se a votação, onde Argibay obteve 42 votos a favor e 16  contra.

Argibay tornou-se a segunda mulher –e segunda militante conhecidamente abortista- a ocupar um lugar no máximo tribunal em democracia, depois do ingreso de Elena Highton de Nolasco.

A juíza foi questionada em dois aspectos centrais: sua posição a favor do aborto e sua condição declarada de “atéia militante”, que suscitaram o protesto de várias organizações pró-vida, que se reuniram nas aforas do Congresso para manifestar-se contra sua designação.

Após a votação favorável, o Presidente da comissão de Acordos, Jorge Yoma, referiu-se à criticada posição da jueza a respeito do aborto, indicando, para surpresa dos pró-vida, que a comissão entendeu que tanto a opinião da  juíza do aborto como sua condição de atéia “não obsta a seu desempenho no Tribunal”.