O Núncio Apostólico nas Nações Unidas, Dom. Celestino Migliore, afirmou que é necessário "criar uma ampla fila de oportunidades para usar o potencial, experiência e conhecimentos das pessoas mais velhas", ao referir-se ao papel dos idosos na atualidade.

Diante de representantes de todo o mundo na sede da ONU, o Prelado indicou que "esta perspectiva e atitude lhes permitirá continuar conectados à sociedade e fazer a diferença no mundo, quer seja de maneira voluntária ou como um trabalho" com o que se preveniria sua estigmatização e exclusão.

"Há três anos em Madri –prosseguiu o Núncio– a Santa Sé descreveu os idosos como ‘os guardiães da memória coletiva, conservadores das relações intergeracionais e transmissores de valores autênticos que definiam sua existência’".

Dom. Migliore destacou que "a Santa Sé reafirma o importante papel que tem" a família na "segurança integral, bem como na saúde, mental, física e espiritual" dos idosos. "Por essa razão, oferece seu apoio através de diversos programas de assistência. Atualmente, as agências e organizações católicas em cada continente atendem os idosos em mais de 13 mil lugares, incluindo mais de 500 centros na África, 3 mil na América e mil e 400 na Ásia", acrescentou o Prelado.

Em seguida, ressaltou a importância que tem "a compaixão, o amor, o respeito, a avaliação e carinho para com os idosos. Exortamos os governos a que implantem estes valores nas escolas, que sejam além disso vividos pelos membros da sociedade civil em casa e que também sejam difundidos pelos meios de comunicação".

O Núncio informou também que "de acordo com as estatísticas, existem hoje mais de 600 milhões de pessoas acima de 60 anos; e se estima que para o ano de 2050 haverá mais de 1,8 bilhões". "Esta tendência nos mostra duas coisas: Primeiro, que todo país deve chegar a ser e manter-se –como o documento de Madri de 2002 afirmava– ‘uma sociedade para todas as idades’; e segundo, devemos ser muito cautelosos quando as políticas fiscais e internacionais se referem ao âmbito da engenharia humana", precisou.