Uma associação espanhola denunciou que enquanto as estatísticas indicam a diminuição em 13,3 por cento dos abortos nos Estados Unidos no período 1993-2003, na Espanha os abortos aumentaram de forma alarmante durante o mesmo período.

Conforme informa a Associação de Vítimas do Aborto (AVA), Espanha registrou um aumento de 77,7 por cento nestes dez anos.

A AVA denuncia que na Espanha não se cumprem as leis que obrigam os centros de planejamento familiar e de aborto a informar à mulher sobre os detalhes do aborto, as conseqüências físicas e psicológicas que se tem e as alternativas possíveis para continuar a gravidez.

As mais de trezentas mulheres ajudadas pelo AVA depois de um aborto provocado na Espanha reconhecem ter utilizado o primeiro pré-suposto para abortar: perigo físico ou psíquico para a mãe, porque o indicaram no centro de aborto e afirmam que ninguém lhes informou sobre a síndrome psicológica e psiquiátrico pós-aborto que agora sofrem.

Esperança Puente, porta-voz do AVA, denunciou que "falta uma autêntica rede social para evitar que uma mulher, numa situação de gravidez não desejada, recorra ao aborto. Eu abortei há mais de dez anos e ainda hoje sofro as conseqüências. O aborto é o pior para a saúde sexual e reprodutiva da mulher".

Dos 80 mil abortos que se realizaram na Espanha, quase 20 mil foram realizados em Madri no ano de 2003, o que supõe que 15 em cada 100 gestações são suprimidas no país ibérico.

A AVA surgiu como iniciativa de mulheres que sofreram um aborto, cidadãos, advogados e profissionais universitários de vários pontos da Espanha, frente ao crescente fenômeno do aborto provocado no país ibérico e a falta de alternativas e informação sobre as graves repercussões sociais e pessoais do mesmo.

Para maior informação acesse o site: http://www.vozvictimas.org