Na noite desta segunda-feira, 2 de novembro, ocorreu uma troca de tiros entre policiais e assaltantes não identificados em Viena, depois de vários dias de ataques e manifestações aparentemente islamistas contra católicos e igrejas católicas na Áustria.

Os tiroteios ocorreram perto de Stadttempel, a principal sinagoga de Viena, embora a polícia não tenha informado se a sinagoga foi alvo de uma tentativa de ataque terrorista.

O Arcebispo de Viena, Cardeal Christoph Schonborn, disse em seu Twitter que “nestas horas dramáticas, eu rezo com tantos outros, acompanhando os trágicos acontecimentos nos meios de comunicação enquanto ocorrem no coração da cidade, pelas vítimas, pelo pessoal de emergência, e para que não haja mais derramamento de sangue”.

A polícia vienense relatou feridos em meio a vários tiroteios no anel interior da capital austríaca e instruiu os moradores a evitarem a área.

Além disso, indicou que os disparos começaram às 20h e foram cometidos por vários agressores com fuzis. Existem seis diferentes cenas de crime, diz a polícia, e pelo menos uma pessoa morreu. Um policial ficou gravemente ferido e um criminoso foi morto pela polícia.

Os meios austríacos informaram sobre um dispositivo explosivo aparentemente detonado perto da sinagoga.

Por sua vez, o ministro do Interior da Áustria, Karl Nehammer, disse que o que aconteceu foi um "aparente ataque terrorista". "Infelizmente também há vários feridos, provavelmente mortos", assinalou.

No entanto, para o chanceler austríaco Sebastian Kurz, foi um "ataque terrorista repulsivo". A BBC informou que uma operação de segurança em grande escala está em andamento enquanto a polícia persegue os atacantes.

Além disso, um afegão de 19 anos foi preso na segunda-feira e confessou ter batido no rosto de uma religiosa de 76 anos. O incidente ocorreu na tarde de sábado, durante uma viagem de ônibus na cidade austríaca de Graz.

Além disso, entre 30 e 50 jovens atacaram uma igreja em Viena-Favoriten na noite de quinta-feira. De acordo com vários relatos dos meios de comunicação, os agressores eram jovens turcos. O grupo invadiu a igreja de St. Anton em Favoriten, gritando "Allahu Akbar" (Alá é grande) e chutando bancos e outros móveis da igreja.

A Arquidiocese de Viena condenou o ataque e pediu um "esclarecimento rápido" e "consequências".

O Escritório Estatal de Viena para a Proteção da Constituição e a Luta contra o Terrorismo recebeu material de vídeo do vigário da igreja, que atualmente está sendo avaliado.

Esses incidentes causaram agitação na Áustria, após o ataque terrorista da semana passada na Catedral de Nice, na França, onde o agressor gritou "Alá é grande!" antes de matar três pessoas.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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