O membro do Conselho Diretor da Pontifícia Academia para a Vida, Patrício Ventura-Juncá, indicou que em muitos países onde se debate sobre a pílula do dia seguinte há uma crescente falta de interesse pelo concebido e seu direito inalienável à vida da fecundação.

Em uma coletiva de imprensa oferecida na Sala Mohme do Congresso da República peruana, o também diretor do Centro da Bioética da Universidade Católica do Chile, advertiu que até a data, "não há nenhuma evidência científica que descarte o efeito antimplantatório e portanto categoricamente não se pode afirmar que o fármaco não atente contra o concebido".

Segundo o perito, este desinteresse pelo concebido, leva a que para muitos não importe "se se deu ou não a implantação" do óvulo fecundado no ventre materno.

O cientista reiterou que "alguns investigadores consideram que este mecanismo pode ser muito importante, outros menos; mas ninguém considera o tema elucidado, já que as pesquisas realizadas não levaram em conta que o endométrio de uma mulher que possui um óvulo fecundado é diferente do de uma que não o tem".

Assistiram à coletiva de imprensa realizada no Parlamento alguns congressistas e o presidente da ONG Ação de Luta Anticorrupção, José Garrido Lecca, que apresentou a ação de amparo que ordenou recentemente ao Ministério de Saúde a suspensão da distribuição da mencionada pílula até que se informe à população sobre todos seus mecanismos.