Ante a possibilidade de que o Governo australiano permita a clonagem e o uso de embriões humanos para a investigação, o Arcebispo de Sydney, Cardeal George Pell, afirmou que os progressos científicos se devem conseguir respeitando estritamente o valor da vida humana, desde a concepção até a morte natural.

Segundo a agência Fides, o Cardeal destacou os progressos que a ciência obteve na investigação com células tronco adultas, extraidas da medula óssea e do cordão umbilical, sobre as embrionárias, cujo uso implica a morte do embrião.

Nos últimos dias, cientistas australianos solicitaram a possibilidade de realizar clonagem terapêutica. Isto suscitou um forte debate na sociedade sobre as implicâncias éticas, sociais e religiosas que traria uma decisão desse tipo.

A comunidade católica iniciou um trabalho de sensibilização apoiado no Evangelho da vida, tocando aspectos como a bioética, a fecundação artificial e o papel da investigação científica.

Por sua vez, peritos recordaram que os experimentos com células tronco embrionárias não trouxeram os resultados que se esperavam, especificamente por razões técnicas. Pelo contrário, no caso das células tronco adultas, obtiveram-se avanços no tratamento de problemas cardíacos e de diabetes.