O Papa Francisco lembrará o sétimo aniversário de sua visita a Lampedusa com a celebração de uma Missa na capela da Casa Santa Marta.

A Santa Missa acontecerá na quarta-feira, 8 de julho, às 11h (hora local) e "devido à situação de saúde, apenas os funcionários da Seção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral participarão da Eucaristia", disse o diretor da Sala de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.

A viagem do Papa Francisco à ilha italiana de Lampedusa foi a primeira visita fora de Roma realizada pelo Pontífice.

As costas desta ilha, localizada no sul da Itália, ficaram conhecidas mundialmente nos últimos anos por ser um dos pontos de chegada de inúmeros imigrantes para a Europa e também pela perda de inúmeras vidas em naufrágios no Mar Mediterrâneo.

Precisamente, pouco depois de um dramático naufrágio no qual centenas de pessoas perderam a vida, o Papa Francisco anunciou que iria visitar Lampedusa, uma viagem que fez em 8 de julho de 2013.

Naquela visita histórica, o Santo Padre voou pela manhã para a ilha italiana e, assim que chegou, subiu em um barco para chegar ao porto de Lampedusa acompanhado por barcos de pescadores da ilha.

Durante o trajeto, jogou uma coroa de flores no mar em memória dos migrantes mortos no Mediterrâneo e, quando chegou, cumprimentou pessoalmente cerca de cinquenta imigrantes que estavam em centros de acolhida em Lampedusa.

Depois, o Pontífice celebrou uma Eucaristia na qual usou um báculo pastoral da paróquia de Lampedusa, feito com pedaços de madeira dos barcos de imigrantes que chegaram à ilha e um cálice de madeira que também foi feito com madeira destes barcos.

Em sua homilia, o Santo Padre fez um chamado à solidariedade e denunciou "a globalização da indiferença" porque, alertou, que diante de tragédias como essas "hoje ninguém no mundo se sente responsável por isso".

“Perdemos o sentido da responsabilidade fraterna; caímos na atitude hipócrita do sacerdote e do levita de que falava Jesus na parábola do Bom Samaritano: ao vermos o irmão quase morto na beira da estrada, talvez pensemos «coitado» e prosseguimos o nosso caminho, não é dever nosso; e isto basta para nos tranquilizarmos, para sentirmos a consciência em ordem", disse o Papa Francisco naquela ocasião.

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