A Cáritas Regional de Santa Catarina está realizando uma campanha de solidariedade pelas vítimas do ‘Ciclone Bomba’ que atingiu todas as regiões do estado de Santa Catarina e partes dos estados do Rio Grande do Sul e do Paraná na última terça-feira, 30 de junho. O fenômeno causou estragos em mais de 100 cidades e deixou ao menos nove mortos.

Segundo informações do site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por todo o estado há registros de Igrejas que sofreram danos em consequência das fortes rajadas de ventos. Uma das mais atingidas foi a comunidade matriz da paróquia Nossa Senhora dos Navegantes em Governador Celso Ramos na Arquidiocese de Florianópolis (SC).

Na cidade, cerca de 80% das residências sofreram algum dano. Além da igreja, também o salão paroquial que foi reformado há cerca de um ano ficou completamente destruído. Também na Arquidiocese, outras paróquias registraram destelhamento de igrejas e centros pastorais.

Na região norte do estado de Santa Catarina, o setor administrativo da Cúria Diocesana de Joinville possui registros de 20 paróquias com relatos de igrejas atingidas pelo ciclone. O pior caso está na Paróquia de Garuva, onde a casa paroquial foi destruída e das 17 comunidades, 7 estão impossibilitadas de uso.

“Uma de nossas áreas de atuação está ligada ao meio ambiente e gestão de riscos e emergências. Na grande Florianópolis, estamos acompanhando mais de perto a ocupação urbana Mestre Moa, no município de Palhoça (SC). Com cerca de 30 famílias morando de forma precária, a comunidade foi atingida com quedas de árvores e destelhamentos de casas. A Cáritas está colaborando diretamente com a doação de telhas para a comunidade”, declarou o secretário-executivo da Rede Cáritas no estado, Gelson Nezi, segundo informações do site da CNBB.

Quem puder ajudar, deve procurar diretamente as paróquias e comunidades, além dos escritórios diocesanos da Cáritas. Segundo Gelson, como a Ação Solidária Emergencial ‘É Tempo de Cuidar’ já está sendo realizada pela Igreja no Brasil por conta do isolamento social causado pela Pandemia do Covid-19, a Rede Cáritas não está programando uma nova campanha de doações para os atingidos.

Além do destelhamento e destruição de residências e empresas, cerca de 50% da população catarinense ficou sem energia elétrica por 24 horas. Até esta quinta-feira, 2 de julho, 233.330 mil unidades consumidoras seguiam sem energia elétrica no estado, sendo 67,3 mil em Florianópolis, cerca de 42,5 mil em Lages e aproximadamente 11,1 mil em Chapecó.

De acordo com as Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), a recuperação total da rede elétrica afetada pelo ciclone em Santa Catarina pode levar até três dias. Os problemas de comunicação e os cuidados com a logística para a ajuda aos atingidos, devido à pandemia da Covid-19, dificultam ainda mais para que a Defesa Civil do estado possa relatar os verdadeiros números da tragédia.

O ciclone extratropical, que teve rajadas de ventos atingindo uma velocidade superior a 130km/h, começou a se formar no norte da Argentina e se deslocou para o Oceano Atlântico, passando pela região Sul do país. O Governo de Santa Catarina decretou estado de calamidade pública e contabiliza ainda duas pessoas desaparecidas.

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