O porta-voz de Assuntos Exteriores chinês, Qin Gang, confirmou que seu governo negou permissão de viagem aos quatro prelados convidados pelo Papa Bento XVI a participar do próximo Sínodo de Bispos e expressou as três “condições” da China para normalizar suas relações com a Santa Sé.

“Deve-se que cumprir três premissas: o Vaticano tem que romper seus laços diplomáticos com o Taiwan, reconhecer a China como estado com legítima soberania e não interferir nos assuntos internos do país”, assinalou Gang.

O Santo Padre convidou a três bispos que pertencem à Associação Patriótica Católica –controlada pelo governo– e um à Igreja clandestina –fiel ao Vaticano–. Os nomes se publicaram a semana passada como parte da relação de convidados de todo o mundo.

Segundo a agência de notícias oficial Xinhua, o governo teria negado a permissão aos pastores antes que o convite se fizesse pública.

Os bispos “patrióticos” convidados pela Santa Sé ao Sínodo dos Bispos são Antonio Li Duan, Arcebispo de Xian, Jin Luxian, Bispo de Shanghai e Luca Li Jungfeng, Bispo de Fengxiang (província do Shaanxi). Além disso, estava convidado Dom Giuseppe Wei Jingyi, Bispo de Qiqihar, província de Heilongjiang, da Igreja clandestina.

Em 1998 o governo comunista negou permissão de viagem a dois bispos "patrióticos" convidados por João Paulo II para participar do Sínodo da Ásia.