Fontes anônimas comunistas declararam à imprensa internacional que o governo não teria dado permissão aos quatro prelados convidados pelo Papa Bento XVI para participar do Sínodo dos Bispos sobre a Eucaristia que se celebrará em outubro no Vaticano.

Três convidados pertencem à Associação Patriótica Católica –controlada pelo governo- e um à Igreja clandestina –fiel ao Vaticano-, os nomes foram publicados na semana passada como parte da relação de convidados de todo o mundo.

Segundo a agência de notícias oficial Xinhua, que cita fontes da associação e do Colégio de Bispos Católicos da China, o governo teria negado permissão aos pastores antes que o convite se fizesse público.

Os bispos "patrióticos" convidados pela Santa Sé ao Sínodo dos Bispos são Antonio Li Duan, Arcebispo do Xian, Jin Luxian, Bispo do Shanghai e Luza Li Jungfeng, Bispo de Fengxiang (província de Shaanxi). Além disso, estava convidado Dom. Giuseppe Wei Jingyi, Bispo de Qiqihar, província de Heilongjiang, da igreja clandestina.

Além disso, figuram na relação um bispo de Taiwan e o Bispo de Hong Kong, Dom Joseph Zen Ze-kiun, que não depende da aprovação de Pequim para poder viajar.

O porta-voz não identificado dos dois grupos argüiu como razões da negativa, problemas de saúde e idade avançada dos convidados, assim como as relações existentes entre a Santa Sé e Taiwan. Até o fechamento desta edição se esperava uma confirmação ou desconfirmação oficial do governo, assim como algum pronunciamento no Vaticano. Em 1998 o governo comunista negou permissão de viagem a dois bispos "patrióticos" convidados por João Paulo II para participar do Sínodo da Ásia.