BUENOS AIRES, 11 de set de 2005 às 22:16
O Arcebispo Emérito de Resistência, Dom Carmelo Giaquinta, advertiu que os males que ameaçam aos cristãos são os mesmos que ameaçam à Igreja, e fez alusão especial ao desgosto ou “mau espírito” e a “tristeza”.
Quanto ao “mau espírito”, Dom Giaquinta, explicou que “há cristãos que vêem espíritos por toda parte. Não são muitos dentro da Igreja Católica. Mas existem. Há outros que não os vêem por nenhuma parte, mas não percebem o mau espírito que têm. Este sim está muito difundido na Igreja e é preciso uma boa pedagogia pastoral para mostrá-lo e extirpá-lo, porque faz muito dano a quem estiver possuído por ele e a quem se lhe aproxima”.
“Se manifesta de muitas maneiras, um rasgo é o mau humor. Há pessoas que, embora comunguem todos os dias, vivem em um desgosto permanente com respeito à Igreja. Nada dela lhes cai bem,
O Prelado adicionou que quem sofre de “mau espírito” não está acostumado a ser “consciente disso, pois parece um ser normal e pensa estar fazendo o bem, e inclusive oferece a solução dos problemas que denuncia" e advertiu que "quase nunca se dá nas pessoas singelas, mas naquelas pelo contrário cultas e consagradas”.
Referindo-se à tristeza, Dom Giaquinta, explicou que esta se manifesta principalmente na falta de “entusiasmo apostólico” e na família se evidencia nos “matrimônios desamorados, que já não recordam o primeiro amor e só se agüentam. Outro rasgo é a murmuração permanente com a que enfrentam os problemas da Igreja. Tem explicações para tudo, mas sempre outro é o causador. Nunca eles”.
Finalmente, o Prelado convidou aos cristãos a recuperar-se, porque onde “não há alegria, falta o Espírito Santo”.