O Presidente da Pontifícia Academia para a Vida, Dom. Elio Sgreccia, declarou que as experiências de clonagem projetados na Grã-Bretanha constituem ações "ilícitas" e "negativas" do ponto de vista moral.

Em declarações à Rádio Vaticano, o Prelado assinalou que "existe todo um cruzamento de coisas ilegais sobre as quais o julgamento da moral, não só católica, é completamente negativo".

"Posso dizer, antes de tudo, que se trata de uma verdadeira experimentação cujo resultado ainda é desconhecido", acrescentou o Presidente da Pontifícia Academia.

Segundo o funcionário vaticano, "do ponto de vista moral há três coisas ilícitas" nestes projetos científicos.

"Em primeiro lugar, faz-se uma clonagem propriamente dita, quer dizer, transfere-se um núcleo a uma célula de embrião; em segundo lugar, este embrião do qual se tira o núcleo é suprimido e abandonado; por último, cria-se um novo embrião e implanta na mulher que se torna uma mãe substituta", concluiu.

A condenação de Dom. Sgreccia se soma às expressas em agosto de 2004 tanto pelo porta-voz vaticano, Joaquín Navarro-Valls, como pelo informativo L'Osservatore Romano assim que o governo britânico autorizou uma equipe de pesquisadores a clonar embriões humanos com fins médicos.

Naquela ocasião, L'Osservatore, órgão oficial vaticano, também condenou a decisão britânica ao considerar que "atenta contra o projeto criativo que Deus deu ao homem".

Três meses atrás, cientistas da Universidade do Newcastle (nordeste da Inglaterra) anunciaram a primeira clonagem de um embrião humano no Reino Unido, mediante óvulos doados e material genético de células-tronco.