Os chefes da Cúria Romana se reuniram nesta quinta-feira, 12 de março, para coordenar e deliberar as novas medidas que serão adotadas com a equipe do Vaticano para impedir a disseminação do coronavírus COVID-19.

Segundo informou a Sala de Imprensa da Santa Sé, a reunião interdicasterial extraordinária ocorreu na manhã de hoje na Antiga Sala do Sínodo e foi presidida pelo secretário de Estado Vaticano, Cardeal Pietro Parolin.

"O objetivo da reunião foi a coordenação das funções dos dicastérios e das deliberações relacionadas aos funcionários no contexto das medidas destinadas a impedir a propagação do coronavírus", indicou o comunicado vaticano.

Assim, a nota oficial assinalou que "os Dicastérios e organismos da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano permanecerão abertos para garantir os serviços essenciais à Igreja Universal, em coordenação com a Secretaria de Estado, ao mesmo tempo em que aplicam-se todas as normas de saúde e mecanismos de flexibilidade de trabalho estabelecidos nos últimos dias”.

Novas disposições para os funcionários do Vaticano

Contudo, de acordo com as novas disposições para os funcionários dos dicastérios vaticanos, de outros organismos da Santa Sé e do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, escritas em 11 de março pela Secretaria de Estado, alguns funcionários vaticanos poderão trabalhar de casa durante esse período de emergência de saúde na Itália, desde que não trabalhem “com matéria de proteção de eventuais dados sensíveis”.

Nesse caso, o trabalho na modalidade "teletrabalho" pode não ser aplicável quando "o trabalho envolver o processamento de materiais sujeitos à obrigação de segredo pontifício em conformidade com as normas vigentes e, em qualquer caso, informações confidenciais".

Neste sentido, as novas disposições indicam que o trabalho com "flexibilidade de horário e de organização de turnos" pode ser admitido sujeito "ao consentimento do superior direto", de modo que os turnos "limitam ao mínimo as possibilidades de horários sobrepostos para evitar contiguidade de trabalho”.

Suspensão da contratação de novos funcionários

Além disso, de acordo com os regulamentos especiais assinados em 8 de março de 2020, a nota oficial do Vaticano confirmou "a suspensão dos procedimentos para a contratação de novos funcionários" e recomendou "estender o período de experiência até o final do prazo máximo regulamentar”.

Por fim, a nota oficial da Secretaria de Estado enfatizou que essas novas disposições "têm caráter temporário e serão efetivas até uma comunicação diferente”.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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