O Arcebispo de Buenos Aires, Cardeal Jorge Bergoglio, alentou aos católicos a defender sem descanso aos não nascidos do aborto embora "nos persigam ou nos matem".

Ante o debate no país sobre a eventual legalização do aborto impulsionada por organizações não governamentais e alguns membros do governo, ao celebrar a festa de São Ramón Nonato, padroeiro das grávidas, o Cardeal Bergoglio recordou que é dever dos fiéis defender a vida "desde o começo até o final".

Segundo o Cardeal, esta missão deve cumprir-se a pesar que "nos persigam, nos caluniem, nos coloquem armadilhas, nos entreguem aos tribunais ou nos matem".

O Cardeal Bergoglio comparou o "egoísmo da cultura da morte" com o "capim do campo, a erva daninha, a cicuta, que vão crescendo, vão invadindo e matando as árvores, os frutos, as flores. Matam a vida".

Do mesmo modo, pediu aos católicos "ser espertos" ao levar a mensagem a favor da vida porque "não podemos nos dar o luxo de ser 'bobos', de ser tolos" frente a quem propicia "a cultura da morte".

"Não deve existir um só menino que não tenha direito a nascer, que não tenha direito a ser bem alimentado, que não tenha direito a ir à escola. Não tem que haver um só ancião guardado, sozinho, jogado", explicou o Arcebispo diante de centenas de mulheres grávidas.