“Não me canso de condenar firmemente toda forma de antissemitismo”, expressou na segunda-feira, 20 de janeiro, o Papa Francisco em seu discurso diante de uma delegação do Centro Simon Wiesenthal, no Vaticano.

O Santo Padre destacou o trabalho deste centro, ativo em todo o mundo e dedicado a “combater toda forma de antissemitismo, racismo e ódio contra as minorias”, assim como a “manter viva a memória do holocausto”.

Nesse sentido, após recordar que em 27 de janeiro será comemorado 75 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, o Papa denunciou que “recentemente temos visto recrudescências bárbaras de antissemitismo”.

“Não me canso de condenar firmemente toda forma de antissemitismo. Para enfrentar o problema desde as raízes, também devemos nos comprometer a arar a terra na qual cresce o ódio, semeando nela a paz”, expressou em seu discurso.

O papa visitou em 2016 este campo de concentração, onde rezou em silêncio. O Santo Padre convidou as pessoas a “fazer silêncio para escutar o grito da humanidade que sofre”. Nesse centra de extermínio nazista, também morreu em 14de agosto de 1941 São Maximiliano Kolbe.

O silêncio “ajuda a preservar a memória. Se perdemos a memória, anulamos o futuro. O aniversário da indizível crueldade que a humanidade descobriu 75 anos atrás deve ser um chamado a fazer silêncio e fazer memória. É necessário para não nos tornar indiferentes”, afirmou.

Do mesmo modo, em seu discurso, Francisco reiterou a importância da integração, da busca e da compreensão do outro. “É urgente reintegrar os marginalizados, estender a mão aos que estão distantes, sustentar os descartados por falta de meios e dinheiro, ajudar os que são vítimas da intolerância e da discriminação”, assinalou.

Finalmente, o Papa Francisco recordou aos membros do Centro Simon Wiesenthal que a declaração Nostra Aetate recorda que “nós, judeus e cristãos, temos um rico patrimônio espiritual comum que devemos descobrir cada vez mais para coloca-lo a serviço de todos”.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.

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