Mel Gibson, ator e diretor australiano de cinema, poderia não encenar a paixão de Cristo nas ruas de Sydney, quando a Austrália seja a sede da seguinte Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no ano 2008, conforme informaram meios locais.

Segundo o jornal Sydney Morning Herald, Gibson teria decidido não encenar a Via Sacra logo que o Conselho Internacional de Cristãos e Judeus ameaçasse com não realizar sua conferência de 2007 na Austrália se é que se encenava a crucificação em julho de 2008 em Sydney.

O presidente do mencionado conselho, John Pawlikowski, afirma que o convite que realizou o Cardeal George Pell a Mel Gibson para que encene a paixão de Cristo nas ruas de Sydney é um assunto sério para as relações judeu-cristãs. Em sua opinião, Mel Gibson “está contribuindo a acrescentar a crise do Concílio Vaticano II em relação ao catolicismo contemporâneo“.

Pawlikowski, além de ser um dos críticos do filme de Gibson, é professor de ética social na União Teológica Católica de Chicago. Afirmou que o ator e diretor australiano dissente dos ensinos do Concílio Vaticano II.

A secretária do conselho também está de acordo com o presidente. A irmã Marianne Darcy comentou que “Mel Gibson não pode ser parte deste evento em Sydney. Seria um retrocesso nas relações judeu-cristãs”.